Reginaldo bate á porta do quarto de Lúcia, log ali, ele vê sua prima sentada á beira da cama, com cabelos desarrumados e o quarto como que se tivesse passado ali um furacão.
- Para quê isso?
- Você não entende, realmente não entende.
- Juro prima, nãqo, sabe nunca nos demos bem, mais pela primeira vez estou a sentir dó.
- Não preciso de seus sentimentos.
- É isso, isso que faz ficar alegre, essa sua competitividade.
- Me deixe Reginaldo.
- Ainda sou o rei.
- Pois que faça o que quiser. Lúcia sai da cama segue até a penteadeira e passa a escova rapidamente nos cabelos, limpa as lágrimas aos olhos e passa um pouco de pó ao rosto.
- Vai sair?
- Vou continuar esta batalha.
- Essa é a prima que admiro.
- Vá para o inferno.
Ao sair, já no corredor, Lúcia abre um singelo sorriso e segue para o quarto onde Margot esta hospedada.
Margot sob a luz de velas, faz a tradução daquela tábua tendo Silas de espectador, ao canto do quarto ela montou seu altar para os deuses de guerra e protetores de feitiçeiros, 3 corujas e 2 águias ali em seus respectivos puleiros, causam no garoto uma estranha fascinação.
- Estão vivos?
- Mexa neles, se quiser.
- Acho melhor não. Uma grande caixa de madeira no outro canto do quarto, com vários furos.
- E aqui, o que tens?
- Se quiser ser picado, tudo bem. Silas logo se afasta.
- Não me diga que.........
- Sim, algumas serpentes de Mizú.
- Elas saem dali?
- Só quando eu ordeno, fique tranquilo. Silas senta próximo a ela e fica admirando a total atenção que ela dedica naquilo, já trazendo alguns livros e firme no propósito do término daquilo.
- Você me parece formidável.
- Por que diz?
- Só que vejo, você é firme no que faz.
- Só quero sair deste castelo o quanto antes.
- Por que?
- Este lugar não me traz boas recordações.
- Por que?
- Olhe garoto, sei que logo se tornarás rei, porém vou lhe adiantar alguns fatos, não serás querido tampouco respeitado por todos os reinos, inclusive esse, terás grandes inimigos e o maior será essas paredes e tudo que ela proteje.
- Odeia tanto aqui?
- Sim, principalmente esta suja alta cúpula.
- Duquel, a odeia?
- Só te peço, se puder, se afaste desse lugar.
- Se pudesse sim, já o teria feito, mais sinto que preciso ficar e tentar realizar as......
- Mudanças, acha mesmo isso, será que terás tempo para isso, não sei iluda garoto, Arthur, seu pai, acha que ele foi contente neste lugar?
- Talvez não, mais ele permaneceu neste, até sua morte.
- E hoje, amanhã e logo depois será um rei esquecido.
- Por que diz com tanta certeza?
- Por que quem deveria estar aqui é.......... Lúcia rompe o momento entrando ali de adága em mãos.
- O que quer fedelha?
- Respostas.
- Procure em seus livros ultrapassados de magia.
- Me cansei de seus enigmas e brincadeiras tolas.
- Pois então seja um tanto adulta e comece a alinhar seus objetivos.
- Quem é você que me faz isso.
- Aquela que esta quase no término disso. Margot mostra para Lúcia a tradução quase finalizada da tábua.
- O que ela diz de tão importante?
- Isso só sua ministra o dirá.
- Quando, quando Margot deixou de ser aquela boazinha e se bandeou para o outro lado?
- Você sempre quis ser a cega, fez muito bem esse processo.
- Não vou mais tolerar seus insultos.
- Que seja. Ali inicia uma batalha de feitiços tendo Silas em meio a tudo aquilo.
Ambas sofrem as máculas de cada encanto e ordem oculta que desferem uma a outra, até que soldados entram ali junto de Duquel, Reginaldo ao lado da ministra ordena que parem e elas cessam.
- O que esta havendo aqui, estamos querendo iniciar um anti protocolo de pacifismo aqui.
- Por favor rei.
- Não, Lúcia, estou sendo um tanto bonzinho com você.
- Ela é o monstro aqui.
- Não há desculpas diante as loucuras que as duas são capazes.
Silas sai pelo canto e passa por detrás da ministra, no corredor segue para seu quarto levando consigo uma cópia que fizera da tradução da tábua, enquanto falava com Margot aproveitava os momentos de descuidos e copiava em um papel para si.
- Agora vou estudar isso.
Margot entrega a tradução para Duquel que mostra ao rei,, ambos saem dali.
Ficando as duas ali, cansadas de tantos envios e transformações mágicas, elas caem na cama.
- Por que me odeia?
- O ponto não é esse Lúcia, se estiver a acontecer o que penso, teremos um tempo nada favorável.
- Sei disso.
- Consultou os astros?
- Sim e outros.
- Teremos de unir forças.
- Não fez a total tradução?
- Sim, quase isso.
- O que fez Margot?
- Algo que a vaca nem imagina.
Duquel ali com a tradução em mãos lê por várias vezes, leva a mão á cabeça e sente que fora enganada.
- Infeliz. Nisso uma serviçal entra ali lhe entregando um bilhete e deixando em uma mesinha o desjejum da ministra.
- Não te pedi lanche.
- Desculpe ministra. A moça sai cabisbaixa quando Duquel o faz parar.
- Espere, vá até as masmorras e entregue isso.
- Para quem ministra?
- Para o guarda que lá estiver.
- Sim ministra. Duquel entrega um envelope em selo real para a moça que sai apressadamente.
Minutos após bate á porta.
- Entrem. Três soldados junto de um personagem em túnica gasta marron, suja e de grande capuz, fica frente a ministra.
- Podem solta-la.
- Senhora.
- Eu estou dizendo, me responsabilizo por ela.
- Tem certeza.
- Agora. Vocífera a ministra para os soldados que destranca os cadeados das mãos e pés, logo o capuz é um pouco aliviado deixando um quase á mostra de um rosto jovem, branco, traços bem femininos.
- Olá Esmeralda. Num gesto sobrehumano a moça gira por diversas vezes seu corpo sem perder o centro e quando pára ali jaz no chão 3 cadáveres e os 3 soldados em corpos cadavéricos sem qualquer resquicio de sangue e órgãos, suas peles foram arrancadas como que se banhar-se em um poderoso ácido.
- Duquel.
- Vejo que não perdeste o apetite nestes ultimos quantos anos?
- Oitenta anos.
- Nossa, já, quanto tempo hein.
- O que quer?
- Um grande favor, para quem nunca lhe abandonou.
- Sim, devo agradecer aos pobres coitados que por momentos especiais me deste em sacrificio, alimento.
- Sacrificio, jamais, falamos em poupar.
- Poupar?
- Lógico, sempre te cativei por que sabia cedo ou tarde, precisaria de seus trabalhos.
- Diga?
- Traduza para mim esta tábua.
- O que foi, sua afilhada te deixou ás escuras.
- Não faça piadas, daquela fedelha eu cuidarei.
- Me dê. Duquel entrega para ela a pedra e em segundos obtém a tradução que comparada á de Margot só vem a provar o golpe que esta lhe deu.
- Maldita.
Margot despachou toda sua bagagem em uma carroça que já esta bem longe dali, agora no quarto de Silas.
- Estou lhe pedindo garoto, esconda estes papéis e nunca deixe que ela descubra.
- Por que fez isso Margot?
- Por que ainda acredito num longíquo de paz.
- Mais sabe, com isso assinaste seu testamento de morte.
- Sim, mais irei tranquila.
- O que pretende?
- Fique com este vidro, quando o pior acontecer, abra-o.
- Mais.
- Não deixe que ela o veja.
- Vou tentar.
- Não se trata de tentativas, tens de faze-lo.
- Sim. Margot se prepara para sair pela janela quando a porta é rompida.
- Margot.
- Duquel. Ali do lado da ministra, Esmeralda num longo vestido azul escuro com bordados em ouro traz as mãos um livro grosso e uma garrafa de liquido verde.
Lúcia corre até eles junto de Reginaldo mais por um leve aceno de Duquel, Esmeralda vira a mão ao alto e cria um abismo no corredor impossibilitando a chegada deles.
- Acho que já há testemunhas demais aqui.
Silas se aproxima de Duquel que passa a mão nos cabelos do garoto.
- Bom garoto, agora me dê a anotação.
- Pegue. Ele entrega para a ministra sob o olhar de Margot que fica petrificada ao ver a cena.
- Seu traidor.
O garoto encosta na ministra lhe abraçando á cintura.
- Sabe qual é o problema de vocês mágicos, confiança demais.
- Acabe com ela. Duquel dá ordem para Esmeralda que inicia um rito ali, Margot tenta por tudo criar defesas mais se vê sem qualquer ppoder, todo o lugar fora tomado por uma forte fumaça que faz boa parte das pessoas cairem ao sono, enquanto a feitiçeira sente-se cada vez mais fraca.
Num gesto de total indiferença, Esmeralda lança seus feitiços contra Margot que grita em dor, 4 circulos de fogo mágico são formados ao redor dela e cada instante ele vão encurtando a distância se aproximando já de sua veste.
Margot solta terríveis gritos de dor, no corredor, Reginaldo e Lúcia estão adormecidos.
- Agora. a ministra grita e Esmeralda faz surgir no ar uma lança de 8 pontas afiadissímas, esta segue em velocidade para Margot que solta um forte grito, Silas aproveita e com uma das mãos abre o minúsculo vidro, a atmosfera se enegrece, ruídos e lampejos toma conta do lugar, Esmeralda profere outro rito e tudo dissipa, não se vê Margot, a lança cae ao chão, tornando-se diversas serpentes.
- Maldita. Grita Duquel, o garoto abre um sorriso que é visto somente pela bruxa ali.
14042019...............................
10
Duquel esbraveja com Esmeralda que olha para a ministra com certo rancor.
- Incompetente, nem com uma aprendiz de feitiçeira você pode lidar.
- Não é bem assim, ela já tinha isso em mente.
- Ela teve ajuda?
- Tenho que não. Silas quase perde o ar diante a fatídica pergunta para a bruxa.
Duquel sai dali aos berros, o garoto ensaia para sair quando.
- É digno e de certo modo bom,ver um jovem garoto assim como você ajudando uma feitiçeira.
- Eu não tenho nada a ver com.......
- Por favor sabemos que sim, fique tranquilo não irei entrega-lo, mais sabe, as chances de sua amiga sair viva dessa é pouca.
- Nos ajude então.
- Te ver e não dizer, isso faço, agora prosseguir com sua maluquice, jamais.
- Por que, tens tanto medo assim dessa louca ministra.
- Garoto nem queira saber do que essa mulher é capaz.
- É tão ruim assim?
- Por ora, fique por perto e continue se fazendo de aliado.
- Obrigado.
- Não garoto, só faço isso, por que no futuro bem próximo conseguirei algo que tanto desejo por suas mãos.
- Eu, o quê?
- A seu tempo meu colega. Eles riem e logo ouvem os gritos da ministra ordenando a presença deles.
- Vamos?
- Sim.
Eles saem e já veem ao longe Duquel junto de Lúcia e Reginaldo e um pequeno lote de soldados.
- Tranquem tudo, ela não pode sair daqui.
- O que foi desta vez Duquel?
- O que sua, sua, ai que ódio, sua colega, amiga, Margot fugiu.
- Como fugiu, afinal ela não era sua aliada?
- Se eu descobrir que você está ppor trás disso, não vai querer ficar na minha frente, aspirante a princesa.
Reginaldo intervém.
- O que foi ministra, esta ameaçando minha prima?
- E você.
- Guardas. O rei levanta a mão e os soldados ficam ali em prontidão a próxima ordem, Duquel finalmente volta a si, com as idéias mais frescas, pede desculpas ao rei.
É notório o ódio nos olhos e face daquela mulher, ali em quase súplica segundo seu modo de pensar, estava se humilhando a um garoto, o rei.
Lúcia pede calma ao rei, Duquel ali com uma estátua, Silas olha para o lado e não tem mais a companhia de Esmeralda.
- Onde ela foi?
- Ela quem? Pergunta Lúcia, porém o garoto fixa os olhos em Duquel que demonstra um certo pavor diante aquilo.
- Nada, só estou aqui preso em meus pensamentos.
- Que coisa hein garoto, o mundo a pegar fogo e você ai como se quisesse voar.
- Me desculpe. Reginaldo pede para que a ministra lhe dê alguma explicação sobre aquele acesso de raiva, só ai Silas entende que tanto Lúcia quanto o rei não fazem idéia do ocorrido alli, tampouco da batalha firmada naquela sala onde ele esteve e assistira.
A ministra inventa qualquer coisa e sai.
Lúcia lhe pergunta sobre a tradução e Duquel diz que vai deixar para a princesa decidir.
- Por que disso?
- Bem, acho melhor assim. Reginaldo concorda porém estranha a ponderação de Duquel, antes estava á beira da obstinação em conseguir a tal tradução.
- Tudo bem eu aceito. Lúcia recebe das mãos da ministra as tábuas, pisca para Silas e sai.
Duquel se despede indo para seu aposento, enquanto Silas faz companhia para Reginaldo.
No quarto, Lúcia vibra com a aquisição da tábua, com certo esforço move a cama do lugar e abre uma portinhola com fecho de ferro, dando acesso a um porão pequeno ali ela tem diversas garrafas com liquidos de várias cores, livros, armas, uniformes e 3 malas.
Mais é em um baú que ela segue abrindo-o com magia simples, deste ela tira uma capa e um pequeno livro.
De volta ao quarto ela tranca a porta com feitiços e inicia ali no chão um desenho de um pentagrama, logo joga algumas gotas de um liquido vermelho ralo e profere ritos do livro que pegara, ela sente seu corpo pesar e cai, adormecida ali ela recebe uma certa instrução por meio de sonho e quando acorda ainda tomada em certa por algum meio sobrenatural, transcreve num bloco e em perfeita tradução aquelas tábuas.
Batem á porta.
- Sem ter respostas tentam abri-la, sem sucesso, até que conseguem.
- Lúcia. Silas corre até a moça ali em espécie de transe, aos poucos ela vai retornando e pede água para o garoto.
- Vou buscar. Ele sai por que ali não um sequer vaso com água, ao retornar ela já esta em sua cama sentada, o livro e risco ao chão já não se encontram.
- O que houve prima?
- Calma, vou lhe explicar. Ela bebe 3 goles generosos e olha firme para Silas.
- Você me chamou de prima?
- Me desculpe, foi sem.............
- Tá, tudo bem, só não faça isso frente aquela bruxa.
- Certo, vou me lembrar. Risos.
- Fiquei muito mau, tive que evocar forças tão primitivas, esquecidas que me esgotaram.
- Mais conseguiu a tradução?
- Sim, feche a porta por favor. Silas obedece e logo volta a ela.
- O que houve?
- Aquela cadela ja tem a tradução.
- Eu entreguei para ela diante ao que estava para acontecer.
- Fique tranquilo, o que você fez já estava nos planos.
- Planos, de quem?
- Margot, agora jure, tens de ficar em silêncio, é nosso segredo.
- Tudo bem.
- Não Silas, não esta nada bem, Duquel vai mata-la.
- O quê?
- Em meu transe eu vi tudo, tudo que me desvelou á frente dessa tragédia que poderá acontecer.
- Temos de para-la.
- Não, não podemos fazer nada, não assim frente a ela, agora vou precisar que me ajude, temos de ajuntar tudo em ervas e igridientes para fazer uma poção.
- Tá, mais se lutarmos com ela?
- Se a confrontarmos, perderemos e ainda haverá mais derramamento de sangue em vão, temos de usar a inteligência e magia a nosso favor.
- Sim.
- Pelo poder tome todo cuidado, vá e volte logo.
- Sim.
Silas sai imediatamente e nisso Reginaldo entra ali e Lúcia começa a conversar com ele, porém não lhe diz sobre o rito e visões.
Momentos depois eles saem e dão de cara mais á frente a uma grande movimentação de soldados.
- O que houve?
- Sua majestade, parece que a ministra desapareceu.
- Desapareceu, como?
18042019...........................
Margot cavalga num cavalo que roubara da estribaria.
Pelas galerias subterrâneas da colônia ao redor do castelo até chegar a trechos que só poderá fazer a pé, ela desce do animal e com auxílio de magia transforma o cavalo em rato e este corre o caminho de volta para a saída.
- Vá coleguinha e muito obrigado. Ao longe o animal faz um ruído como que se houvesse entendido o que ela falara.
Sem baixar sua guarda ela segue até parar detrás de uma coluna, á frente alguns metros, esta Duquel e Esmeralda.
- Quer mesmo fazer isso?
- Sim e cale-se, afinal você não me foi útil o suficiente.
- Por que de tanto ódio?
- Esmeralda, não sou como você que se deixou ser presa por uma maldição qualquer.
- Sabes bem o por que.
- Sim, mais já ficou no passado, agora me ajude, aquela fedelha feitiçeira tem de aprender sua lição.
- Somente deixe-a, sabes que ela nunca mais colocará seus pés neste reino.
- Nem neste e nem em qualquer outro.
- Se quer assim.
Com o girar das mãos, Esmeralda faz surgir 3 bolas de fogo que flutuam no ar, em seguida com um leve sinal, elas seguem o percursso dos túneis acendendo qualquer resquicío de tora ou algo para iluminar o caminho, pouco tempo e todo lugar fica iluminado, Margot tivera poucos segundos para tomar o liquido de um minúsculo frasco que trazia consigo ao peito, ficara invisível, mais o efeito dura por no máximo 20 minutos.
Ela corre em direção as duas e com estrema agilidade escala as paredes e corre de cabeça para baixo, pés no teto em cima delas, Esmeralda a sente e a vê, porém fica ali inerte, quando Margot já esta a poucos centímetros de Duquel deixa cair de seu bolso o vidro vazio que estoura ao chão.
- Cadela. Duquel retira um monóculo e ai vê Margot a correr, num grito ordena.
- Fechem a saída. Soldados do lado de fora empurram as 2 faces da alta grade para bloquear a saída, Margot é mais rápida porém é atingida nas costas por 2 lances mágicos, de Esmeralda, ela grita em dor mais não desiste da fuga e consegue assim.
- Atrás dela, quero qualquer órgão daquela fedelha, matem-na.
Vários soldados correm atrás de ela entrar na floresta, Duquel pega sua besta e monta em seu cavalo, Esmeralda em outro animal, entrando na floresta, ela sente o ar mágico invadir suas narinas.
- Pó de despiste. Grita Esmeralda, Duquel rapidamente coloca um lenço a esconder parte da face e já se vê o efeito nos soldados que entraram antes, estão dispersos, abobalhados, como que perdidos, andando em círculos até desmaiarem.
Mais a frente grandes labaredas de fogo de várias cores invadem a mata, a maioria corre em retirada.
- São globos de fogo, podem continuar, são inofensivos, ah não ser quê..........
Logo ouve-se gritos e desesperos, vários homens e animais que foram tocados por aquele fogo, estão sendo dizimados á cinzas.
- O que é isso?
- Não pode ser, ela é bem esperta, fluído quimico.
- Como paramos isso?
- Tenho defeso, mais não para tantos.
Duquel grita para os soldados.
- Só fiquem 3 aqui com a gente o restante saiam.
Todos saem ficando 3 jovens a tremer de medo.
- E agora?
Esmeralda pega de sua bolsa uma garrafa e joga neles e nela o liquido com forte odor de urina.
- O que é isso?
- Urina de camelos.
- O quê?
- É isso ou queimar-se.
- Impossível, impossível, ela ter desaparecido. Grita o rei dos soldados que estão parados a sua frente.
- É mentira.
- O que diz Lúcia?
- Eles foram orientados a nos mentir.
- Por que?
- Por que justamente agora Duquel esta á caça de Margot.
Reginaldo franze a testa olhando para o soldado ali.
- É verdade o que minha prima diz?
O oficial somente abaixa a cabeça.
- Seus canalhas, de que lado estão, eu sou o rei. Vocífera Reginaldo para eles.
Silas entra ali com a sacolinha de tecido cheia de coisas.
- Conseguiu?
- Tudo. Lúcia abre um sorriso e vai até ele.
- O que esta havendo aqui?
- Não é hora para isso rei, acho que deveria escolher alguns soldados e ir atrás daquela louca ou ela matará Margot.
- Vou fazer isso, mais depois quero saber de tudo.
- Vou com você. Silas se oferece e o rei aceita.
Na floresta Margot é perseguida pelos 5, até chegar frente a um penhasco á beira, ao fundo um rio com águas lamaçentas, já se ouve no ar o barulho de flechas, até que ela avista as duas vindo em sua direção, Esmeralda lança mais 2 ataques que pegam em cheio Margot.
- Como é vai querer morrer aqui?
Duquel abre um maligno sorriso, desce do animal e caminha até Margot.
- Achou mesmo que sairia dessa viva.
- Não.
- Sua cretina.
- Vá para o inferno. Margot sopra um pó ao vento e o lugar é tomado por abelhas.
- Saia daí, Duquel elas são nocivas.
- Eu vou matar essa fedelha. A nuvem do enxame se dissipa e ali a cena cruel de Duquel enterrando sua espada nas costas de Margot que cai do lugar indo afundar no rio.
- Bons sonhos, com seus adoráveis deuses do mundo inferior, bruxa maldita.
Esmeralda se aproxima de Duquel e a ministra ali com a face tomada de ferrões começa a ter parte desta desfalecida.
- O que esta acontecendo?
- Sua pele esta necrosando.
- Não. Grita Duquel.
20042019.....................
Margot flutua nas águas com auxílio de um restante de magia e galhos, á beira em certo trecho, nativos a resgatam porém com intuito de faze-la de alimento para eles.
Duquel é carregada para dentro do castelo em seu quarto recebe vários cuidados e remédios naturais, Esmeralda ali do lado dela, sente o furor em ódio transmitido pelos olhos da ministra que não consegue falar.
A situação só piora, logo uma criada vem ali e diz que o rei, Silas e Lúcia foram á procura dela.
Duquel tem um acesso de raiva e joga para o alto com o restante de suas forças o alimento que esta sendo lhe servido.
Esmeralda entende aquilo e se adianta com um gesto de cabeça sai dali em minutos organiza um grupo de 4 soldados liderados por ela e sai de volta á procura da comitiva.
Reginaldo já demonstra cansaço apesar de não ter nem ao menos pisado no chão, decidira por ficar na carroça, Lúcia e Silas á cavalo adentram a mata á procura, em determinado momento ela sente algo e decide descer do animal, Silas faz o mesmo, eles andam até um clarão onde ela pega diversos frutos e algumas ervas e num rito transforma aquilo em uma névoa espessa.
- O que houve?
- Estamos sendo seguidos.
- Quem?
- Não sei, pode ser aquela feitiçeira á mando de Duquel.
- Você não confia nela, para mim ela é boa.
- Pode até ser, mais ela tem laços estreitos com Duquel.
- Será?
- Com certeza, conheço estes tipos, ouvi muitas estórias de gente assim.
- Eu hein.
- Agora fique quieto, temos de ganhar distância.
- Como?
Ela levanta os braços e os gesticula de forma desordenada, a névoa se torna mais volumosa e de sua veste ela tira um pequeno frasco e bebe o conteúdo, segura firme a mão de Silas, eles se tornam 2 raposas e correm para longe dali.
Esmeralda chega ao local e sente o odor da magia usada, ela faz em silêncio um rito, seus olhos vão dilatando e ela ganha uma visão potente conseguindo como que se em um raio x detectar os 2 que já estão bem longe dali, porém ela aponta para o grupo o lado oposto, onde Reginaldo ficara com 2 soldados.
Lúcia e Silas chegam a margem do rio lamaçento, correm rente a ele até encontrarem águas limpas e um outro vislumbre de paisagem, já está escurecendo e a poção perde o efeito.
- Que droga.
- Fique tranquilo, tenho outra para quando retornarmos.
- E o rei?
- Com certeza já fora pego por aquela.........
- Feitiçeira?
- Sim. Sem demora eles andam até acharem uma trilha e decidem por segui-la.
Margot acorda, esta amarrada em uma oca, presa em uma tora forte, o cheiro forte de fumaça e o barulho de cantorias anunciam que haverá uma festa.
- Onde estou?
Não demora, entram ali 3 nativos, de pequena estatura, corpos pintados em branco, vermelho, preto, trazem acima de suas cabeças, crânios de animais.
- Essa não, são os Imut's.
Ela é solta, porém sem força alguma para defender-se é carregada para fora e jogada em um grande tacho ardente.
- Ai. Margot grita ali de tanta dor por ter mãos, pés, joelhos e outras partes de seu corpo queimadas.
22042019...........
11
Lúcia e Silas se aproxima da aldeia, ouve-se os gritos de dor de Margot.
- E agora, o que faremos?
- Fique calmo, tenho um plano.
Os dois conversam ali e logo Silas corre pela mata, ao longe ele grita fazendo alguns guerreiros sairem para verificarem, mais ainda ficam atrás de uma oca, ali ela prepara uma mistura 3 potinhos que havia no bolso, com cuspe ela faz uma massinha enrola e forma bolinhas, joga 3 delas e erra duas, acertando uma no fogo abaixo do tacho.
Uma fumaça forte forma-se e um odor intolerável também, o odor não provoca reações já que os selvagens são acostumados até se alimentarem de animais em estágio de decomposição, mais a fumaça irrita olhos e nariz, fazendo-os tossir e coçar os olhos, logo aquela fumaça é dissipada com ajuda do pajé.
Lúcia carrega Margot com certa dificuldade, Silas vem para ajuda-las e correm como podem com a bruxa para longe dali.
A beira do rio, eles encontram uma carroça, colocam Margot nela e Lúcia sai, deixando Silas dentro desta com a bruxa.
- Onde vais?
- Não faça pergunta, só leve-a, a canoa rio abaixo.
- Sim.
Silas o faz e logo ele e Margot seguem a correnteza, Lúcia pega alguns minúsculos frutos e macera na boca juntando a estes o liquido roxo de um vidrinho.
Após um breve rito ela transforma-se numa enorme cobra, quando os selvagens chegam ela os recebe e eles decidem por retornar para a aldeia, ela entra na água e ajuda a manter o curso da canoa, ficando abaixo desta na água.
Já esta para amanhecer quando a canoa pára nas areias finas brancas da praia de Dio't.
- E agora? Silas olha para a criatura a perguntar, Lúcia vai retornando a sua forma porém sem as vestes, ele tapa os olhos e corre para o mato trazendo sua camisa e algumas folhas.
Lúcia se vira com o que tem e cria ali um modelo de trapos da camisa e folhas, cobrindo assim seu corpo.
Margot arde em febre, eles lhe dão muita água de côco e Silas pesca 3 peixes, assam na areia e servem para Margot, Lúcia aproveita e confere as roupas das bruxas até encontrar um apito.
- Para quê isso?
- Serve para chamar os anões.
- É mesmo, esqueci completamente deles.
- Nisso eles são os melhores, tem magia própria, sabem como ninguém fugir e causar confusão.
- Sério.
- Sim.
- E agora?
- Vou soar este apito, as chances de sermos surpreendidos pela cadela, sua amiga e os selvagens é grande.
- E então?
- Não tenho ervas e nem conhecimento para curar Margot.
- Sopre.
- Agora. Lúcia sopra o apito tão forte que nuvens de pássaros formam-se no céu.
Logo ouvem um barulho estranho e grandes aves vem até eles, são os anões montados em gigantes falcões.
- Vocês vieram.
- Como esta nossa amiga?
- Amiga, pensem que fossem..............
- Cativos de Margot, jamais, ela nos ajudou muito, trouxe paz para nossa colônia e aumentou nossa produção de ouro.
- Sei, alquimia.
- Sim.
Silas aponta para o líder a bruxa, este a carrega nos braços e a coloca no repouso do dorso da ave.
- Peguem isso.
- Para quê serve?
- Engulam, em instantes estarão bem perto do seu castelo.
- Obrigado. Lúcia pega as duas balinhas de cor escura e aspecto duvidoso.
Os anões partem para as nuvens levando consigo a bruxa.
Ao longe eles sentem o perigo, os selvagens trazem onças para a captura dos dois.
- Engula.
- O quê?
- Agora. Rapidamente eles engolem as bolinhas e desaparecem, deixando no local onde estavam somente as flechas que lhes foram direcionadas.
24042019........................
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