Eu sou rio
E as minhas águas estão frias,
Elas não proliferam vida.
Não mais...
Eu sou maremoto e trago comigo a destruição,
Eu sou putrefação e carregado em mim a escuridão.
Eu sou tão incapaz de me desprender,
Eu já fui outro alguém, mas agora não quero ser.
Eu sou a inocência roubada,
Sou a tua figura desfigurada.
Eu sou ninguém,
Mas sou tanta coisa também.
Eu sou nada
E em nada me refaço alguém.
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