Na hora da Ave-Maria,
na distância
de um vento que soprava
procurando
palavras dulcificantes,
sintonizei poesia.
Eu rezava.
Sabes?
Eu pedia.
Meu Deus, meu Deus!
Olha para a minha pessoa.
Eu estou no morro.
Eu estou nas alturas.
Eu estou perto de um céu
que joga luzes na Terra do Sol.
E assim entardecia...
Meu olhar solto passeava...
branca flor de renda eu via,
era uma flor de lenda,
que descida
do céu de reflexão roxo
habitou em uma fenda.
Que é de onde me acena.
E bela e aberta na noite
descerá do seu jardim,
trazendo em sua oferenda
mel e doçura de flor
para tornar doce o riso
dos lábios rosados,
recém descobertos em louvor.
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