A lua, em espera, adormeceu.
Com a característica inquieta
que faz lembrar um sonho revelador,
furtivo e rasteiro o filme terminou,
e nenhuma cena de paisagem interior apareceu.
Controle nas mãos, vendeu imagens intrigantes,
velhos sapatos abandonando-se na terra nua
conduziam corpos doloridos sempre adiante.
Fosse para viver, teriam corrido cegamente.
Mas tal poder mental ainda estava no futuro.
Esconderam-nos a cena da principal paisagem.
Quem sabe agora, sem a influência do controle,
eu compreenda a escuridão e aceite a luz,
eu dance ao redor de uma árvore de algodão,
a dança sagrada do sol, da chuva e do vento,
em feições de coragem e arrebatamento.
E ao calor do fogo da fogueira,
tua alma e misterioso olhar percebam
no girar de minha notável saia vermelha,
que meu colorido vai além do verde dourado
e que olhos não representam a alma humana.
Quem sabe... anjos testemunhem esse feliz momento
e nos levem a um bosque de real encantamento
e lá, haja um carvalho velho alto e forte que não se quebra,
sabiamente se contorce, se enverga e se molda ao vento.
De repente, deitemo-nos na paisagem da floresta em chuva,
e nos apareçam, quase já imperceptíveis,
importantes lembranças de questionamentos.
E nasça ao mesmo tempo que o sol uma aparição miraculosa,
novo filme, nova cena, nova paisagem, novo sonho,
nova estrela inspiradora para o que virá a seguir.
Ou, somente, volte contente,
no esplendor de sua beleza,
a escondida recordação.
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