Mal que passo,
mal que redobro,
mal de amor,
que me dobra.
Mal que vivo
dia sim, dia não,
da glória revivo:
de mãos dadas!
dúzias de vezes !
Dia que passa,
hora que atrasa,
dias sem horas,
minutos, em fila,
e só segundos tortos.
Se raio, esbanjo sua luz,
se procuro o que não acho
é às avessas.
Ao revés,
tudo plano,
igual gaivota
que, doce no ar,
resplande no céu
metrado.
Se atraso
sou perca das horas,
se adianto,
não resolve:
O amor tem hora certa.
Se perdi você foi você
e por coincidência:
duas estrelas,
bem abandonadas, se
chocaram
no mais alto dos céus.
Badeio lá pro norte
ela foi sugada pela morte.
E fiquei eu,
sem bandeira e alforje;
agora só sonhando:
Como, de mansinho,
acordar ela.
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