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O "FLASH" DO RUI
ANTONIO LUIZ MACÊDO E SILVA

Escolhido e amado por Deus, o fotógrafo tem como missão revelar ao mundo, pelos olhos de sua sensibilidade e através das lentes de uma câmara, as belezas da Criação. _Quem não se extasia diante de um pôr-do-sol, do desabrochar de uma rosa, de uma fonte que rasga o ventre da terra e mata a sede da vida, ou diante do sorriso de uma criança? É ele que registra e participa dos momentos mais preciosos de nossa intimidade: o batizado dos filhos, a primeira comunhão,, matrimônio, ordenação sacerdotal, término de curso... O seu “flash”, em questão de segundos, incorpora no papel celulóide as emoções e os sentimentos carregados de sentido, dos instantes celebrativos de cada um de nós. É assim o fotógrafo, era assim o Rui.
    
No transcorrer do seu sétimo dia de falecimento, me vem à memória o seu jeito simples de ser, sua atenção para com todos que o procuravam, sua dedicação à família e até o desabafo humano, mas não desesperançado, quando quase perdeu a visão.
    
Mergulhado nesses pensamentos, surge dentro de mim uma inusitada indagação: _E se Rui escrevesse o diário desse período e nós tivéssemos acesso, o que iríamos ler? Tenho a certeza absoluta, pela minha fé, que leríamos assim: “Minha querida Edite, esposa, companheira e amiga; meus filhos, sinais vivos do meu amor eternizado; meus familiares, letras queridas de Deus no alfabeto da minha vida; meus amigos, traços-de-união no meu caminho”.

1º Dia – Vi então um novo céu e uma nova terra; pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar não existe.

2º Dia – Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, descendo do céu de junto de Deus, brilhando com a sua glória. Seu brilho era como de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. Estava cercada por uma muralha grande e alta feita de jaspe. A cidade é de ouro purificado, parecendo cristal puro. Os alicerces da muralha da cidade são ornamentados com todo tipo de pedras preciosas. A praça da cidade é de ouro purificado, como vidro transparente.

3º Dia – Aqui Deus enxuga toda a lágrima dos nossos olhos. A morte não existe mais e não há mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram.

4º Dia – Não vi nenhum templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-Poderoso e o Cordeiro.

5º Dia – A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz e a sua lâmpada é o Cordeiro.

6º Dia – Vi um rio de água vivificante que brilha como cristal. O rio brota do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da praça e em ambas as margens do rio cresce a árvore da vida.

7º Dia – Não há mais noite. Não se precisa mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilha sobre nós e reinaremos por toda a eternidade.

Ele concluiria certamente assim: “Vocês ainda necessitarão muito da luz da lâmpada, visto que há momentos a registrar, instantes a celebrar... e a fotografia não pode morrer. Eu, no entanto, aposento hoje o meu ‘flash’ porque a luz da minha lâmpada é o próprio Deus”.

                             (Adaptação livre dos capítulos 21 e 22 do livro do Apocalipse)

ALMacêdo

    


Este texto é administrado por: ANTONIO LUIZ MACÊDO
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