Tentando escrever;
Mas nem sei porque;
Provavelmente ninguém vai mesmo ler.
Ao mesmo tempo que o vazio me bete,
A sua presença já rebate,
E começa um embate.
E nesta hora não tem jeito;
A solução é mudar o conceito.
Nada é certo,
Tudo que enxergo é o que está perto,
E se te olho no olho me desconcerto.
O mundo gira e parece que pro lado errado;
E eu continuo aqui parado;
Mesmo embasbacado;
Todo embaralhado.
Seria uma necessidade temporária;
Uma vontade hereditária;
Ou só, quem sabe, uma loucura aviária.
O que é certo?
Qual o errado?
Enquanto isso fico aqui parado;
Todo travado;
Embasbacado.
As vezes pareço conciso;
Mas sou um louco indeciso;
Com pensamento impreciso.
Toda dúvida tem resposta?
Ou a resposta é nem perguntar, viver?
Mas tem alguém em Nárnia.
Que me enfeitiça;
Me atiça;
Quase me enguiça.
Pode não ser bom?
Devo mudar o tom?
Não, para, vem cá, me deixa sentir o seu batom.
Quero experimentar,
Azar se eu me ferrar,
O importante é não parar,
Vem, me diz:
-Fecha os olhos e me beija, viva o agora, tudo que acontece em Nárnia fica em Nárnia.
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