“Em seguida oraram, dizendo: Senhor, tu conheces o coração de todos. Mostra agora qual dos dois escolheste para trabalhar conosco como apóstolo, pois Judas abandonou este trabalho e foi para o lugar que ele merecia.” Atos 1.24,25
Diariamente tomamos decisões. A vida é uma sucessão de decisões e, sejam elas simples ou complexas, estamos consecutivamente selecionando entre várias opções. Sim ou não, fazer ou não fazer, perdoar ou não, o que vestir, o que comer, aonde ir. Podemos não nos dar conta de que efetivamente estamos decidindo sempre.
Após a ascensão de Jesus, os apóstolos tomaram decisões para continuidade do trabalho do reino celestial. Uma decisão importante era a escolha de quem ocuparia a posição de Judas Iscariotes, o traidor de Cristo. Reconhecendo as implicações e a responsabilidade disso, os apóstolos reuniram-se e, mediante alguns pressupostos, apresentaram dois nomes para a escolha: José Barsabás e Matias. Ambos eram do convívio do grupo de discípulos cristãos, mas a escolha precisava vir de Deus. Deus conhece o coração de todos. Primeiramente, Deus é onisciente e nada Lhe está oculto. Como lemos em Hebreus 4.13: “Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas.” Deus também é o único que não apenas conhece, mas conhece profundamente todas as coisas. Ele verifica a essência, o âmago, o cerne de tudo. As intenções verdadeiras em cada ação estão visíveis como a luz do sol diante Dele. O Salmo 139 é a declaração do conhecimento profundo que Deus tem a respeito de nós. O versículo 1 diz: “Senhor, tu me sondas e me conheces.”
Assim como Deus não desamparou os apóstolos na escolha do novo companheiro de apostolado, Ele também não nos desampara nas escolhas que precisamos enfrentar e fazer. Em Colossenses 3.15 temos o seguinte: “Que a paz de Cristo seja o juiz em seus corações, visto que vocês foram chamados a viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.” Tem-se duas questões importantes: a paz de Cristo nos auxilia na tomada de decisões e, existindo boas decisões, temos paz. É um grande sinal de clareza para os cristãos. A aflição diante do que se escolhe mostra que a opção selecionada não é boa ou que o tempo de decidir ainda não chegou.
Em Provérbios 16.1-3 está escrito: “Ao homem pertencem os planos do coração, mas do Senhor vem a resposta da língua. Todos os caminhos do homem lhe parecem puros, mas o Senhor avalia o espírito. Consagre ao Senhor tudo o que você faz, e os seus planos serão bem-sucedidos.” Salmo 17.5 diz: “Dirige os meus passos nos teus caminhos, para que as minhas pegadas não vacilem.” Temos a promessa bíblica que, se buscarmos a direção de Deus em todas as decisões, não seremos confundidos. Deus será glorificado em cada boa decisão que tomarmos.
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