Anos iniciais: Creche I Creche II e CA
Toda minha vida escolar se passou em instituições privadas de ensino, nos anos iniciais onde começou aos 2 anos de idade no Colégio Santa Mônica, com professoras muito carinhosas como a tia Simone minha primeira professora, um lugar muito alegre e muito diverso com vários brinquedos, tinha até uma casinha de madeira no pátio da escola o que na época era muito difícil nas escolas, porém durou pouco tempo por ser distante de minha casa fincando um ano apenas nessa escola.
No ano seguinte minha mãe matriculou no Jardim Escola Sininho mais próximo de casa, também muito bem estruturado tendo piscina para recreação um prédio de 3 andares, e um outro pavimento nos fundos para os alunos menores, um fato ocorrido na recreação na piscina, do meu dente está mole e acabei engolindo junto com a água da piscina em um mergulho. Minha sala ficava de frente para o portão de saída o que me fazia ficar observando minha mãe ir embora e me deixar, mas as professoras muito dedicada distraiam com tarefas a serem feitas junto com os colegas que me renderam alguns anos nesse lugar, creche 2 e o antigo C.A, onde comecei a me alfabetizar através de cartilhas e vovó viu a uva, e onde conheci Miguel um coleguinha que me ensinava a técnica de deixar na cabeça para somar as contas de matemática.
Primeiros anos do Ensino Fundamental antigo Primário
Por mais uma vez fui obrigado a sair dessa escola, e por motivos financeiros minha mãe optou por uma escola um pouco mais distante porém mais em conta, o Centro Educacional Ciranda, lá fiz muitos amigos, a escola era pequena tinha algumas salas e um pátio porém as atividades físicas tinha que ser feitas em um outro lugar, tendo que nos locomover com um ônibus escolar até uma quadra esportiva, tinha várias excursões durante ao ano, teatro com peças infantis na escola e minha amiga Rita que por uma vez questionou a professora perguntando se era Estados Unidos ou Estados zunidos o que foi suficiente para turma toda cai na gargalhada. Tínhamos também aulas de religião algo que hoje em dia não tem mais, o que nos ensinava a respeitar as diversidades religiosas assim como as diversidades físicas pois tinha o Fábio, um colega de classe com lábio leporino, algo não muito comum para os alunos, porém não existia nenhum tipo de preconceito contra o colega.
Por mais uma vez a distância se tornou um obstáculo depois de passar a primeira, a segunda e a terceira série do primário fui matriculado no instituto Educacional Gama e Souza que ficava no quarteirão atrás da minha casa muito cômodo para minha mãe agora, pois já estava maior e poderia ir e voltar sozinho, uma grande conquista para uma criança daquela idade.
Ultimo ano do Primário, começo do Ginásio e Segundo Grau
Um colégio muito maior com dois prédios grandes de 5 andares, quadra poliesportiva coberta, pátio, antes de ir para as salas de aula as turmas eram postas em ordem no pátio ao som do Hino Nacional enfileirados do menor para o maior assim subindo ordeiramente as escadarias para as salas de aula, com várias turmas de uma mesma série algo muito diferente do que já havia sido vivenciado, agora não era mais tia era professora, uma das preferidas professora Telma sempre pronta para ajudar.
Nesse tempo ainda tinha representante de turma, era feita uma eleição para eleger um representante dos alunos que ele era responsável de auxiliar a professora em momento de desordem da turma, era algo de extrema importância, o representante cuidava da turma enquanto a professora se ausentava por algum instante, ajudava na distribuição de tarefas e provas, ser representante era algo de grande importância, fazíamos ser importantes.
No ano seguinte conheci Gleidson um aluno novo na turma, despertado por um sotaque diferente foi perguntado de onde ele vinha, respondeu que era de Campos, surpresos por não conhecer ainda questionamos que Campos seria, pois um único Campo que conhecíamos era Campo Grande ou Campos do Jordão que era falado nas televisões, então ele explicou o que era Campos dos Goytacazes, lugar de onde nunca tínhamos ouvimos falar.
Gleidson se tornou um grande amigo, de frequentar minha casa e eu a dele pois éramos vizinhos ele morava no prédio à frente do meu porém durou pouco tempo no ano seguinte ele voltou a morar em Campos dos Goytacazes e perdemos o contato. Dentre os amigos conquistados nessa época tem Thiago, uma típica pessoa inteligente, não era o CDF mas aquele que prestava um pouco de atenção na aula e já era suficiente para aprender e tirar boas notas.
A maioria da turma foi continuando, nos anos seguintes, alguns saindo e outros entrando, mas a maioria continuava um grupo muito unido. Por mais uma vez a inclusão de alunos com alguma limitação se deparava na turma. Fabiola tinha uma deficiência na mão esquerda, não tinha mobilidade e a mão atrofiada, nada de anormal para a turma que nunca a desprezava ou tinha qualquer tipo de preconceito. Assim como o Mendonça, uma aluno que tinha sofrido um acidente de transito, foi atropelado por um caminhão. Sua aparência era um tanto chocante, com cicatrizes pelo corpo e cabeça, braço e perna meio atrofiadas, com dificuldade de locomoção e um certo nível de deficiência mental. Mas a turma nunca o tratou com diferença, apesar de suas limitações ele brincava com a gente, fazia educação física, jogava basquete, sempre o incentivamos, assim como os professores também ajudavam para um ensino compatível a ele.
No ensino médio entra na turma um homossexual assumido, nada demais para a turma, não houve nenhum tipo de preconceito contra Leandro, mais conhecido como Lelete, como o mesmo gostava de ser chamado.
Figura de grande antipatia de todos os alunos da escola era Dona Sandra, a diretora adjunta, uma negra de ancas fartas, sempre com uma cara carrancuda e de tom muito elevado, sempre procurando um erro dos alunos para poder castigá-los, onde eu acabava me tornando vitima dessa perseguição. O oposto era a diretora-geral Dona Irene, uma pessoa de aparência frágil, de ar muito sereno e sempre disposta a ajudar, sua filha mais nova Silvia era nossa colega de classe.
Tinha também Dona Berenice a orientadora pedagógica, também de aparência frágil, sempre disposta a conversar e auxiliar os alunos de tom muito calmo estava sempre pronto a ouvir, fiz algumas visitas a ela durante esse período.
Sendo um aluno mediano tinha algumas dificuldades de aprendizado principalmente em conseguir ficar atento às aulas tendo facilidade de dispersão, porém isso nunca foi relatado por escrito apenas uma autocrítica, dificuldade principalmente em matérias exatas, alguns professores dessas matérias sem metodologia de ensino atraente para alunos daquela idade, pois quando foi apresentado a física achei muito interessante com um professor bem dinâmico para ensinar.
Tínhamos matérias muito interessantes como Ciências Sociais que era o homem em sociedade lidando com a natureza em um único espaço, tínhamos também técnicas Contábeis hoje em dia realmente desnecessário apenas a mérito de conhecimento, pois se tratava de preenchimento de notas promissórias, duplicatas, cheques, dentre outras transações bancárias que não são tão utilizadas hoje em dia, mas que na época era muito importante. Grandes amizades foram feitas nessa época, o que dura até hoje, com amizades de infância.
O que me despertou grande interesse eram as aulas de informática, com os computadores que pouca gente tinha acesso fazendo com isso um despertar no curso de técnico em informática que poderia ser feito juntamente com o ensino médio ou ser normalista, optei pela formação técnica porém no último ano do ensino médio tive que mudar de cidade, e nessa nova cidade não tinha o ensino médio junto com o técnico perdi meus dois anos de curso técnico e me formei no ensino médio normal algo que me deixou muito chateado.
Final do Segundo Grau e começo da procura profissional
Esse colégio onde terminei meu último ano do ensino médio colégio Fernando Moreira Caldas um excelente colégio como sistema de ensino muito puxado no estilo preparatório para vestibular com professores gabaritados e de grande conhecimento. Um colégio muito bem equipado, com dois grandes blocos de salas de aula, pátio, quadra poliesportiva. Já não eramos mais visto como crianças, os professores e a equipe pedagógica já nos tinha como amigos, como até hoje se tem contato.
Após a desilusão de não ter concluído o meu ensino médio técnico fui em busca de tal formação descobrindo a Politécnica de Araruama porém não havia conseguido a tão sonhada vaga para informática apenas para eletrotécnica algo que não deu muito certo fazendo com que eu abandonasse o curso, devido a pouca opção para me capacitar na cidade resolvi ir morar sozinho e voltar para o Rio de Janeiro para poder fazer uma faculdade prestando vestibular para administração de empresas na UNISUAM faculdade do meu bairro onde por mais uma vez como tinha que trabalhar de dia estudar à noite não aguentei pagar a faculdade e no terceiro período tive que abandonar não desistindo de uma capacitação profissional melhor volto a morar em Araruama onde vejo uma oportunidade na área petrolífera, o que me fez procurar um curso técnico em segurança do trabalho concluído no Instituto Darwin, simultâneo a isso foram feitos vários concursos públicos em diversas áreas sendo aprovado em um curso ministrado pela Petrobras, o Prominp, curso em aperfeiçoamento de segurança do trabalho em petróleo e gás, porém não concluído pela demora em ser chamado, pois também havia sido aprovado para Polícia Militar, após essa conquista os estudos ficaram um pouco de lado, também pela adversidade que o trabalho exige, mas a vontade de se capacitar nunca saiu da cabeça, pois houve a oportunidade de desconto em faculdade devido ser funcionário público me matriculando na faculdade Estácio de Sá para o curso de tecnólogo em segurança pública a distância, porém por mais uma vez por motivos financeiros tive que abandonar no primeiro período.
Logo após, conhecendo a oportunidade de uma faculdade a distância e gratuita o Cederj o qual não conhecia, prestei vestibular para um polo mais próximo de minha residência, que oferecia os cursos de matemática ou pedagogia o que me fez interessar pelo curso de pedagogia, mesmo não sabendo do que se tratava o curso, porem conforme foram se passando os períodos e tendo a chance de conhecer mais o curso e vi que será de grande valia para o meu trabalho.
Expectativas de um recém formado
O curso de Pedagogia te abre gama de oportunidades na área de ensino, hoje tudo o que é feito ou que se quer ser transmitido, passa por um educador ou algum profissional da área da educação para que haja um estudo do que possa ser executado da melhor forma possível.
Não somente professores em sala de aula, ou no ambiente formal escolar, mas também em áreas não formais de ensino, existem palestrantes, assessores, inspetores, secretários, diretores, dentre outros milhares de profissionais que dependem de um curso de pedagogia.
Existem varias ramificações da pedagogia: psicopedagogia, pedagogia empresarial, pedagogia na segurança publica; métodos pedagógicos para diversos cursos como: ensino religioso, historia, geografia, português para estrangeiros, dentre outras.
E além de ser uma capacitação de ensino superior necessária para alguns concursos públicos.
No meu próprio ramo da segurança publica, como policial militar, existem vários projetos voltados a educação como o Proderj, que é um projeto desenvolvido em escolas particulares e públicas onde os policiais militares, fardados e devidamente treinados e com material próprio (livro do estudante, camiseta e diploma) tem por objetivo desenvolver um curso de prevenção ao uso de drogas entre crianças e adolescentes em idade escolar e a valorização da vida. Além do ProerdD Kids” há também um para adultos, o “Proerd para Pais”, onde é reforçado a importância da amizade e supervisão dos pais com os filhos.
Diante do aumento do consumo de drogas proibidas ou não, torna-se necessário um trabalho efetivo e contínuo de prevenção de uso de drogas, entre os jovens que ainda não tiveram contato com tais substâncias e após quatro meses de curso as crianças recebem o certificado Proerd, ocasião que prestam o compromisso de manterem-se afastados e longe das drogas e da violência.
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