De olhar singelo,
Pulseira no braço.
De vestido curto,
Cabelos cortado.
De pele macia,
Beleza de flor.
        Era tão magrinha,
Não tão sorridente.
Mas quando sorria,
Alegrava a gente.
Com uma risada,
Que me Conquistou.
        Trazia no peito,
Um coração sofrido.
Feridas na alma,
Marcas de um vício.
Que mesmo o tempo
Não cicatrizou,
        Era fácil perceber
Que ela chorava.
Dentro do quarto,
As vezes calada.
Presa a um sentimento
Que não lhe fez bem.
        E quando tentava
Esconder o choro.
Se via em um mundo
sozinha de novo.
Sem poder andar
E começa a chorar.
     _ Como é que a vida
Pode ser assim?
Boa pra alguns,
E tão ruim pra mim!
Se tudo que eu quero,
É só ser feliz.
Desculpa se estou chorando,
Mas não é de medo.
Choro de vontade,
Choro de desejo,
De encontrar alguém,
Que queira me amar.
        O dia anoitecia,
E sempre a mesma coisa.
Brigas pelo dia,
Choro a noite toda.
Vida como essa,
Não desejo pra ninguém.
        Mas aquela menina,
Que ainda era criança.
Tinha em seu peito,
Um pouco de esperança.
E decidiu viver,
Sem se machucar.
      Deixou o canalha,
Que tanto lhe iludia.
Trocou a tristeza,
Pela alegria.
E hoje vive contente,
Com alguém pra amar.
        _ Eu queria entender,
Porque tive que sofrer,
Pra depois me apaixonar.
        _ Eu queria ficar só,
Sem ninguém ao meu redor,
Mas meu coração não quiz deixar.
        E o canto que era triste,
Cheio de solidão.
Foi substituído,
Por um de paixão.
Que na caminhada,
Encontrou alguém.
        Em uma cidade tranquila
E bem sossegada.
Ele viu uma princesa,
Passa na frente da sua casa.
Foi como um sonho,
Não deu pra acreditar.
        O tempo passou,
E ele não a viu mas.
Mas ter esperança,
Nunca é de mais.
E ela estava viva,
Em seu coração.
        Passaram-se alguns meses,
E ela retornou.
Não era o que queria,
Mas se conformou.
Pois a sua família
Veio pra ficar.
        Já era o acaso,
Unindo corações.
Era o destino,
E não ilusões.
Que trazia ela,
Pra pertinho dele.
        Passou alguns dias,
E ficaram amigos.
Começou alí,
Um amor escondido.
Que um tinha medo,
De ao outro contar.
        E apesar de muitas,
Batalhas travadas.
Aquela menina,
Que tanto chorava.
Encontrou mais um,
Motivo pra viver.
        Hoje vive feliz,
Com um riso no rosto,
Alegria no peito,
E que não é pouco,
Pois hoje ela tem
Alguém pra lhe amar.
        Deixou o sofrimento,
Que não lhe deu nada.
Decidiu viver,
Agora renovada.
E está do lado,
De quem lhe faz bem.

                        Autor: Luiz Fernando

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