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“Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor e para cumpri-la e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus juízos.” Esdras 7.10
A Bíblia relata que o povo de Israel sofreu as consequências de sua desobediência a Deus sendo levado ao cativeiro. Deus enviou alertas, mas esses foram sucessivamente ignorados. Em 2 Crônicas 36.15-16 lê-se: “E o Senhor Deus de seus pais falou-lhes constantemente por intermédio dos mensageiros, porque se compadeceu do seu povo e da sua habitação. Eles, porém, zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas; até que o furor do Senhor tanto subiu contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve.” O rei Nabucodonosor derrubou os muros de Jerusalém, queimou o templo do Senhor e provocou grande destruição, além de levar o povo para a Babilônia, deixando no território apenas os mais pobres.
Anos mais tarde, o povo de Israel em cativeiro babilônico recebeu uma promessa pelo ministério de Jeremias, conforme está escrito em Jeremias 29.10: “Porque assim diz o SENHOR: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.” No ano 538 a.C. essa promessa começou a se cumprir, quando o primeiro grupo de cativos de Israel deixou a Babilônia e retornou à sua pátria. Em 457 a.C. o segundo grupo voltou para Jerusalém liderado por Esdras.
Esdras foi um grande líder, essencial ao avivamento espiritual. Após tantos anos de cativeiro era necessário que seus compatriotas recebessem o ensino da palavra de Deus, a fim de viverem conformados à vontade Dele e não mais sofressem por desobediência. Assim, a Esdras coube papel fundamental no ensino da lei do Senhor. Foi um homem culto, escriba e sacerdote, conhecedor profundo da palavra de Deus e um encorajador. Inclinou seu coração para estudar a lei do Senhor e, não apenas isso, também vivê-la. Não teria sentido ensinar a lei se ele não tivesse testemunho de fidelidade perante Deus e o povo. Estudando, aprofundando-se e praticando-a, pode ensinar com autoridade. Ele não foi um hipócrita, exigindo dos outros o que não praticava. Sua vida foi grande testemunho diante da nação. Ensinou sobre o culto a Deus e sobre questões pessoais que interferiam na santidade e purificação e, assim, o avivamento foi possível.
No Novo Testamento várias passagens combatem a hipocrisia. Por exemplo, Jesus disse em Mateus 23.2-3: “Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem.” Jesus orienta os Seus seguidores (não somente os líderes espirituais) a viverem em verdade, sem fingimentos, porque Ele reconhece o obediente como sendo Seu discípulo. Existem dois grupos de pessoas na passagem acima: as que sabem, praticam e ensinam o que é certo e as que sabem e ensinam o que é certo, mas não praticam o que é certo. Jesus exige vida em verdade, porque Ele é a Verdade. Portanto, as três atitudes de Esdras são indispensáveis para o avivamento espiritual, pois somente a verdade pode reavivar o que está morto.
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