Os olhos negros, como os de um anjo da morte
A pele pálida, como uma folha de papel
A mão no peito, tentava esconder o corte
Que havia no coração, sob aquele véu.
A luz do luar reluzia em seu rosto
As estrelas pouco brilhavam naquela noite
Havia uma parte do mundo morta
Assim como a garota.
Ao seu lado havia um bilhete
Letras borradas
Pela chuva que derramava
Não se entendia nada que no papel dizia.
Todos se espantaram ao saber da morte
"Jovem amada", muio se ouvia
"Uma perda lastimável", também diziam.
A mãe, coitada, quase se jogou ao túmulo
Junto à filha.
Dias se passaram, e um jovem apareceu
Até chorou ao saber que a jovem morreu
Disse que era sua culpa.
Eles eram apaixonados um pelo outro
Então ele ficou noivo
E tiveram de se separar
Ele foi para longe
Enquanto ela preferiu se matar.
|