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Leonor para o carro na praça próxima a casa de Adélia, ao chegar na casa dela, o portão encostado sem tranca, ela empurra o mesmo adentrando no lugar, a porta da mesma forma, sem trancar.
- Adélia, sou eu Leonor, estou entrando.
Ela entra, várias coisas no chão, sofás de pernas pro ar, na cozinha tudo deixado fora do lugar, derramado, ela vai para os quartos e tudo em total desordem.
Adélia sai do segundo quarto e segue para o terceiro quando abre encontra Adélia ali caída, manchas vermelhas pela roupa de cama, Leonor se desespera e pega o celular liga para Olavo contando sobre o que esta vendo ali na casa da irmã dele, ele por sua vez sugere para que ela desça para a sala pois ele ja esta a caminho.
- Vou ligar para a policia.
- Não, eu ligo.
Leonor desliga e sai a porta quando é golpeada por trás.
- Vagabunda.
Adélia ali toda bagunçada, despenteada, manchada de algo que se parece com sangue, logo Olavo chega, Leonor ja amarrada e mordaçada.
- Por que, por que querida quis ser a esperta da vez. Leonor tenta gritar mais não consegue devido a mordaça.
Os dois ali pegam leonor e a trancam em um quarto, momento após Adélia traz uma injeção e aplica na mulher que logo fica boba em efeito da droga, Olavo troca a mordaça por uma fita adesiva larga e sua irmã prepara uma refeição para eles.
Hora depois eles terminam a refeição, macarrão, carne, salada de alface com tomates, vinho branco para acompanhar.
- O que faremos agora?
- Vamos esperar ficar mais tarde, madrugada, daí faremos a segunda parte do plano.
- Sim.
- Ja falou com seu bem?
- Nem imagina.
- O quê?
- Ele vai mudar para Epitácio.
- Com a nova família postiça?
- Sim.
- Esta vendo irmão, tudo esta a nosso favor.
Victor sai do banho, no quarto seca seu corpo, com a toalha no corpo, Gustavo se aproxima e logo eles se beijam.
- Por quê?
- Não tem por quê, a gente só vai se curtindo.
- Olha eu sei, você é jovem, mais cara eu não estou mais nessa de curtição.
- Como assim Victor?
- Gustavo, você esta um tanto perdido, afinal esta solteiro, deixou um relacionamento que lhe foi bom.
- Passado.
- Nossa vida é feita em parte do nosso passado.
- Mais eu estou preocupado com o hoje.
- Eu também.
- Então vai, vamos viver. Gustavo tenta tirar a toalha de Victor.
- Melhor não.
- Tudo bem, mais não se esqueça eu quero você.
- Eu sei.
- Então?
- Gustavo eu ainda gosto do Olavo, eu o amo.
- Ama?
- Sim.
- E vai embora com a gente?
- Sim.
- Não te entendo.
- É preciso ser assim, se faz necessário, sabe, a gente precisa muito desse tempo para reorganizar nossas vidas e nossos sentimentos.
- Cara, você é mágico é por isso que ele te ama e eu também. Victor cora.
- Obrigado.
- Sério, você é incrível.
- Você também é Gustavo. Abraço deles.
- Olhe não vou mais ficar dando em cima de ti, prometo tá.
- Tudo bem, mais é bom se sentir desejado faz bem ao ego. Risos.
- Tá certo. Outro beijo surge deles só que de certa forma mais caliente, as mãos de Gustavo enlaçam o corpo de Victor que corresponde com afagos nos cabelos do rapaz, logo se separam e Gustavo segue para o banho.
Adélia ali no carro, Olavo na direção, Leonor amarrada no porta malas, eles passam por um pedágio onde Olavo paga, usa um boné para esconder o rosto.
- Obrigado sr, boa viagem.
- Obrigado.
Ele segue pela rodovia até avistar uma estrada de terra ele entra nesta, o carro passa por diversas pporteiras de sítios, pois aquela estra dá acesso a um assentamento de famílias agricolas e pequenos pecuaristas.
- Que lugar é esse?
- Não faço idéia.
- Deixe-me ver. Adélia olha pela janela e logo reconhece.
- É só seguir, logo entraremos em uma outra estrada, asfaltada.
- Tem certeza?
- Toda. Alguns minutos e logo eles entram em outra estrada, asfalto com alguns buracos o carro trepida um pouco, logo avistam casas.
- E agora?
- Siga nesta pista, não saia, ela vai fazer o contorno por alguns bairros e assim chegaremos onde devemos.
Meia hora depois eles entram numa estrada de barro, escura.
- Adélia que jossa é essa?
- Fique calmo, o lugar é perfeito para a desova.
- Tomara que seja.
- Confie.
Leonor acorda, começa a bater na lataria do carro.
- Essa vaca esta ajitada.
- Logo acabará.
- Espero que sim.
- Nós sabemos o que vai acontecer.
- Sempre.
Num lugar ermo, beira de água corrente, param o carro, Adélia abre o porta malas e tira Leonor deste.
- Por que Leonor, sabe eu até te amava um pouco mais eu te amava, bem pouco.
- Me soltem assassinos.
- Em algo você tem razão.
Adélia golpeia na cabeça a mulher com um cabo de uma pá, Leonor cai ja sem vida, Olavo se aproxima e faz 2 disparos.
- Acabou.
- Graças, eu já não aguentava mais essa cretina, da próxima vez vê se você escolhe melhor Olavo.
Ela anda arrumando seu cabelo, estranha o silêncio de seu irmão e se vira para ele.
- Sabe Adélia, eu estive pensando, acho que nossa parceria termina por aqui, de boa tá. Três tiros, Adélia morre ali, ele arrasta os corpos e os joga na água, logo ouve um barulho nesta, piranhas se apossam dos cadáveres.
- Como sempre a vida sendo o mais justa possivel.
Olavo se limpa com álcool, joga a arma na água e sai dali de carro, mais adiante entra em outra estrada, sai do carro e aciona este jogando-o na água em um outro ponto, segue a pé para a estrada principal até chegar perto de um bar que esta aberto, ele entra e pede uma cerveja.
- Ja lhe levo, pode sentar ali.
- Obrigado.
Ele bebe alguns goles, numa mesa próxima um casal inicia uma discussão, logo partem para a briga em fato, a mulher sai do balcão com um pau na mão e grita para eles, a policia é chamada por alguém ali perto.
- Quanto lhe devo?
- Seis reais.
- Tome fique com o troco.
- Obrigado dr.
Olavo sai dali, logo passa um rapaz de moto trajando um colete , ele faz sinal para este.
- Você faz corrida?
- Sim sr.
- Me deixe na rodoviária por favor.
- Sim. Ele sobe na rabeira da moto e segue para o terminal rodoviário.
Quase duas horas depois, ele esta no circular para Prudente, deixando para trás Epitácio e seus crimes.
Bruno e Marcos batem na porta da casa de Adélia e nada, ja vão desistindo quando uma senhora vem ao portão pela calçada, uma vizinha.
- Oi Bruno.
- Oi D Ana.
- Esta procurando sua tia?
- Sim, a senhora sabe dela?
- Saiu já tarde da noite com seu tio.
- O tio Olavo, tem certeza disso dona Ana?
- Claro que sim, estou velha mais não estou louca.
- Estranho dona Ana, ele ligou para a gente perguntando se sabíamos algo da tia.
- Pois eu sei muito bem o que vi, eu vi eles dois saindo dai e entrando em um carro que ficou lá na pracinha.
- Na praça?
- Sim.
- Obrigado dona Ana.
- Nada meus filhos vão com Deus.
- Até mais.
Marcos abraça Bruno.
- Estranho isso Marcos, por que o tio nos ligou se sabia onde a tia está.
- Vai ver ele encontrou ela depois que ligou pra gente.
- Será?
- Eu acho isso.
- É pode ser.
- Vamos fazer o seguinte amor, vamos a casa dele assim tiramos nossas duvidas.
- Vamos.
20182403.............................................................
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