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Amanhece Bruno acorda e ainda sonolento briga com o corpo para que abra os olhos, segue para o banheiro, lava o rosto, escova os dentes, sai indo para a cozinha onde coloca pó e água para o preparo de café na cafeteira, ali na sala Vera ainda dorme, ele olha para o relógio falta pouco mais de 40 minutos para que ela vá trabalhar.
- Vera.
- Oi.
- Bom dia.
- Bom dia.
- A hora.
- Que hora?
- Hoje tem trampo.
- Eu sai.
- Nada, saiu nada, deixa de bobagem vá lavar o rosto.
- Tá bom.
Vera levanta e segue para o banheiro, no caminho diz:
- Posso usar seu secador?
- Tá.
Ela entra no quarto e logo retorna para a sala.
- Bruno.
- O que foi?
- O que houve no seu quarto?
Bruno corre para o quarto e logo solta um grito.
- Meu Deus, o que é isto?
- Nossa, não grita cara, ai que dor de cabeça.
- André. André ali nú na cama deles, o braço de Marcos repousa na barriga deste.
- Marcos. Ele acorda e de cuecas tenta limpar os olhos.
- O que foi?
- Eu é que pergunto.
Vera tapa os olhos, mais não consegue conter o riso.
- Pois é Bruno você teve uma festinha e tanto.
Gustavo sai do outro quarto em short e Victor logo atrás dele de sunga.
- Não vem aqui filho.
- Por que, por causa do Marcos e do André, de boa.
- Como assim.
- Eu ajudei vocês ontem ou hoje de madrugada.
- Você?
Vera vai a cozinha e retorna logo com a jarra de café e copos.
- Aqui gente, vamos tomar um café para dar sabor a estória.
- Ai sim. André diz enrolado no lençol.
- Então como ia dizendo, vocês tomaram todas depois da sua expilcação pai sobre a tia, André fez as pazes com Marcos e decidiu ficar por aqui, já que estava bem alto, Marcos lhe disse que fosse para o quarto, mais ao invés dele ir para o nosso foi no de voc~es.
- Eu sabia André, seu aproveitador. Bruno diz para ele, Marcos sorri e Bruno corrige.
- Não filho, peraí, eu e o Marcos não dormimos juntos, foi uma excessão ontem...
- Eu sei pai, tô ficando loiro de saber.
Vera ri.
- O que é isso filho?
Marcos intervém.
- Amor chega, o Gustavo já sabe da gente e dá o maior apoio.
- Marcos.
- Claro Bruno e eu amo seu filho, ele é o cara mais legal depois de você amor.
Bruno cora e André diz:
- E eu amo os 3 e todos aqui.
- Te odeio André.
- Não foi o que disse naquele momento a 3.
Vera grita de alegria.
- O que é isso, Vera, dando margem ás loucuras de André.
- Eu amo vocês também. Ela abraça Gustavo que cai na risada.
Victor abraça eles e todos riem, minutos depois já todos arrumados, Vera e André ja de café tomados, Marcos sai para a sala em bermuda e regata acompanhado de Bruno.
- Pai hoje eu não vou a loja, vou com o Victor buscar o resto das coisas.
- O Victor quer ir?
- Sim Bruno.
- Então tudo bem.
Marcos beija a face de Bruno e André beija aos dois no rosto.
- Ui, isso é casamento moderno.
- Por que não. Risos, André respode a Vera, Victor abre a porta aos risos, Gustavo logo atrás.
- Olavo.
- Bom dia.
- Bom dia . Bruno vem a porta já com cara de poucos amigos.
- Posso entrar?
- Sim.
O homem entra e olha para todos ali, Marcos aponta o sofá e ele senta.
- Dormiu aqui Vera?
- Olhe dr, o sr manda no escritório mais fora dele e em minha vida jamais.
- Me desculpe.
Bruno vem a ele.
- Nada dr, ele esta um pouco ainda sob efeito de ontem.
- Entendo. Bruno leva Vera para o quarto de Victor, Marcos e André puxam Gustavo para o outro quarto.
- Me perdoe, eu não queria ter feito tudo que fiz.
- Sabe, eu fico aqui em meus pensamentos, como pode um homem tão inteligente, conhecedor das leis, ser tão intransigente e ruim.
- Eu não sou ruim.
- Olavo eu te amei.
- Meu amor, não me ama mais?
- As coisas mudam, pessoas mudam, eu preciso viver, seguir longe da sua sombra.
- Por quê?
- Eu te faço mau?
- Sim.
- E você, como está?
- Estou bem.
- É que....
- Olha Olavo, pare de rodeio diz logo, por que tratou mau a Bruno, seu sobrinho, por que o mandou embora?
- Me desculpe.
- Olhe...
- Por favor, me desculpe, eu fiquei louco por ele não me dar o endereço de seu paradeiro.
- Olavo.
- Eu te amo.
- Não Olavo, você nunca me amou.
- Eu jamais faria mau a você, não entende, eu te amo, te quero, você é tudo de melhor que me há.
- Olavo.
- Não me deixe.
- Ninguém deixa, a gente se cansa, olha para frente e depois para trás, vê o rastro de cinzas.
- Cinzas?
- Sim, você me destriui, aos poucos, mais me destruiu, agora eu uso os escombros e os entulhos na tentativa de me moldar e retornar a vida.
- Me perdoe.
- O tempo, mais acho que você deve ter uma boa conversa com Bruno.
- Sim eu vou ter, você vai pensar em mim?
- Eu sempre penso em você.
- Verdade?
- Claro.
- Então....
- Não, não cultive o que não pode ser plantado, ainda tenho muitas mágoas aqui.
- Vai me perdoar?
- Um dia.
- Eu espero, você vai esperar por mim?
- Quem sabe Olavo.
- Tá, eu aceito.
- Aceita?
- Sim, eu aceito este gelo, por que sei que no fundo você ainda é meu.
- Bem não posso mudar seu coração tampouco seu pensar.
- Por que diz isso?
- Vamos esperar.
- Sim, onde esta Bruno?
- Vou chama-lo. Olavo tenta abraça-lo mais Victor se desfaz deste indo para o quarto, logo retorna com Bruno.
- Bruno.
- Oi tio.
- Precisamos conversar.
- Tudo bem.
Marcos, André, Vera, Gustavo passam por eles, se despedem saindo, Victor pega a chave reserva e se despede.
- Você vai Victor?
- Sim Olavo, este papo você tem de ter com seu sobrinho.
- Sim, eu sei.
20181202............................
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