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MARCOS 6 NOVEL GLS
DE PAULO FOG
ricardo fogz

Resumo:
BOM

- Que louco.
    - Eu estou achando o máximo, meu filho é bastante interesseiro, inteligente, educado.
    - Igual ao pai.
    - Que elogio.
    - Sempre temos que elogiar a quem amamos.
    - Obrigado.
    - Só disse a verdade.
    - Ah, sobre a casa em Epitácio?
    - Tudo certo, vamos fazer uma limpeza lá no próximo final de semana?
    - Demorou. Risos.
    Ali eles se acabam em beijos e abraços.
    Gustavo ajuda o pai de Laís a fechar a loja e o homem lhe oferece carona mais ele opta por andar um pouco, Laís fora para a aula de inglês e depois tem ballet.
    - Então até amanhã.
    - Até.
    O rapaz anda pela calçada e logo entra no calçadão onde entra em 2 lojas e confere os preços e analisa algumas mercadorias que poderá sugerir na loja do pai de Laís para futuras compras, continua no passeio e entra numa lanchonete de onde sai com uma coxinha de frango e refri em lata.
    - Olá garoto perdido.
    - Oi André.
    - O que faz por aqui?
    - Acabei de sair da loja do pais da minha namorada.
    - Loja?
    - Nossa você não esta sabendo?
    - Não, mais agora você vem comigo, te dou carona e você me conta.
    - Demorou.
    Eles seguem até a avenida onde André abre o carro e Gustavo entra.
    Marcos se despede de Lurdes e sai junto de Bruno que o leva até o portão.
    - Vai dormir comigo?
    - Amanhã.
    - Sério?
    - Tô dizendo, amanhã eu fico na tua casa.
    - Te amo.
    - Vai.
    Bruno olha até Marcos virar a esquina e entra na casa, Lurdes ali na cozinha prepara um macarrão, molho de salsichas, salada verde.
    - Tem certeza que não quer se abrir Lurdes?
    - Esta tudo bem.
    Bruno segue para o quarto quando.
    - Por favor Bruno, nunca deixe Adélia tomar conta de sua vida.
    - Por que diz isso?
    - Por favor.
    - Você sabe de algo, diz por favor Lurdes.
    - Cuida do seu filho, proteja ele, olhe assim que puder saia desta casa.
    - Lurdes, esta me colocando medo, minha tia é má?
    - Não, não é isso, só por favor cuide dele e de você.
    A conversa flui animadamente no carro entre André e Gustavo.
    - Cara não sabia que você era tão legal.
    - Tá vendo, vocês jovens não dão vez para os tios.
    - Para com isso, André, posso te pedir algo?
    - O quê?
    - Na verdade é uma pergunta.
    - Pode fazer.
    - Você gosta do meu pai?
    - Claro somos colegas de trabalho, amigos...
    - Não, André, de outro modo você entende o que eu digo.
    - Gustavo.
    - Cara eu não sou bobo, sei que ele e o Marcos tem algo bem íntimo.
    - Meu, como vocês jovens são diretos hein.
    - Antenados.
    - Isso, pode ser isso.
    - E ai?
    - Sim, na verdade, eu amo Bruno.
    - Ama?
    - Pois é, nossa, estoutodo nervoso, sem graça total, falando disso contigo.
    - Se ama, por que....
    - Gustavo o amor do Bruno é para o Marcos.
    - Entendo.
    - Quero então a amizade dele.
    - E o Marcos?
    - Bem se ele quiser ser meu amigo, por mim, tudo bem.
    - Sei.
    Toca algo no rádio uma música bem contagiante e Gustavo aproveita para sair do assunto vendo que André ficara em desconforto com aquilo.
    O carro para na frente a casa, Gustavo olha para André que sorri.
    - Bem chegamos.
    - É.
    O rapaz olha profundamente em André.
    - Vamos entrar.
    - Não, além do mais o Marcos esta ai.
    - E ai, é meu convidado.
    - Melhor não.
    Gustavo puxa André pelas mãos e ali surge um beijo, André mergulha a língua dentro da boca do rapaz que o abraça, os segundos seguem e logo eles separam.
    - Me desculpe.
    - Fique de boa, eu que quis.
    - Gustavo.
    - Sabe, desde quando eu te vi, eu quis.
    - Por favor.
    - Mais sabe, a boca da Laís é melhor.
    - Graças. Risos.
    Gustavo sai e André segue seu rumo.
    Ele abre a porta, Lurdes sorri da cozinha e vai para o quarto, ali Bruno de toalha saira do banho.
    - Que bom que chegou filho, onde esta aquela bermuda...
    - Pai.
    - O que houve filho?
    - Eu beijei o André.
    

   30122017 .............................................
    
    











                          29


    - Vocês se beijaram, ele te forçou, fez algo mais?
    - Calma pai eu quis.
    - Como assim?
    - Eu quis, só isso.
    - Bruno se deixa cair na cama, Gustavo abre a gaveta da cômoda pega roupas para ele e joga ao lado do pai a bermuda que procurava.
    - Obrigado.
    - Nada pai.
    Após o banho, ali na copa fazem a degustação do jantar em pleno silêncio, Lurdes termina e diz que vai para o quarto terminar de arrumar suas coisas, ali pai e filho se olham.
    - Precisamos conversar.
    - Sobre o quê pai?
    - É sério isso filho?
    - Pai tô de boa.
    - Gustavo.
    Terminada a refeição, eles lavam a louça, guardam as sobras e deixam a cozinha impecável.
    - Filho.
    - Sim pai.
    - E a Laís?
    - Minha namorada?
    - Filho.
    - Pai, tudo certo, eu queria saber o que o sr sente.
    Bruno sente o mundo desabar ali na sua frente aos seus pés.
    - Como assim?
    - Oras pai, sei que o sr gosta do Marcos, mais o André gosta de ti também.
    - Como soube?
    - Pai, eu vejo.
    - Sim, eu é que sou careta, devia ter dito antes.
    - Pai de boa, pode ficar tranquilo, não vou e nem quero explicações.
    - Filho.
    - O que eu quero é que seja feliz.
    - Gustavo.
    - Ah sobre o beijo, prefiro o da Laís, mais molhado e feminino.
    - Meu filho.
    - Te amo pai.
    - Também te amo filhão.
    Ali eles se abraçam, ao longe Lurdes presencia a cena e lágrimas nos olhos profere baixo.
    - Se minha amiga estivesse viva, presenciaria o quanto o rebento dela se tornou um homem valoroso.
    Amanhece, Lurdes ali no aeroporto se despede de Marcos, Bruno, Gustavo, André, Vera.
    - Obrigado por terem vindo.
    - Nos ligue assim que chegar.
    - Tudo bem.
    Ela os abraça e segue para seu voo para Belo Horizonte o pessoal segue para o escritório, menos Marcos que leva Gustavo para a loja e depois segue para um compromisso.
    No escritório todos ali contentes com o retorno de Victor que após organizar sua sala, vai para a de Bruno.
    - Atrapalho?
    - Jamais.
    - Me desculpe não ter ido.
    - Olhe Victor foi Deus que ajiu, acredite se fosse eu não poderia ter lhe dado a devida atenção necessária.
    - Podemos falar?
    - Claro. Bruno encosta a porta e serve café para Victor.
    - Obrigado.
    - Aconteceu algo Victor?
    - Olhe Bruno eu sei que vai ficar um tanto embaraçoso mais preciso falar.
    - Pode dizer.
    - Eu tenho um caso com seu tio.
    - Desconfiava.
    - Como?
    - Nas suas férias, entrei na sua sala e vimos no seu pc uma foto.
    - Meu Deus.
    - Fique tranquilo, permanece em segredo.
    - Mais você disse que vimos.
    - Sim eu e o André.
    - Nossa.
    - Fique tranquilo.
    - Bem, o fato é que em minha férias eu conheci um outro alguém, desempedido.
    - Boa sorte.
    - Verdade.
    - Victor todos temos de ter um amor.
    - Realmente pensa assim?
    - Claro, eu também amo um homem.
    - Como?
    Ali Bruno lhe conta tudo sobre como conhecera Marcos e seus sentimentos por aquele homem.
    - Nossa que lindo Bruno.
    - Pois é, a vida tem seus encontros.
    - Demorou mais eu acho, encontrei o meu par.
    - Lhe desejo toda felicidade.
    - Obrigado Bruno.
    - Ja falou com eu tio.
    - Olavo não vai entender, tentei falar com ele ontem e me pôs para fora.
    - Incrível como ele pode ser tão bruto.
    - Mais vou resolver, só precisava desabafar.
    - Quando quiser falar pode vir, sempre te ouvirei.
    - Obrigado de novo.
    Victor aperta a mão de Bruno e sai da sala.
    André entra logo após, encontrando Bruno preso em pensamento.
    - Oi.
    - Olá me desculpe, não te vi entrar André.
    - Bati na porta, sem resposta entrei vai que tivesse acontecido algo.
    - Fez bem.
    - Aconteceu algo?
    - Sim.
    André ali a olha-lo com certo aguço, já Bruno sem entender se por curiosidade ou desejo.
    - Victor esteve aqui.
    - O que disse?
    - O que já sabíamos.
    - Sobre seu tio?
    - Sim.
    - E ai?
    - Ele encontrou um outro alguém.
    - Meu Deus.
    - Pois é, agora vai começar a guerra.
    - Mais o dr Olavo deveria saber, mais dia ou menos ia acontecer.
    - E agora?
    - Só resta saber o que o que o dr vai fazer.
    - Com certeza vai querer ele fora do escritório.
    - Isso sim.
    - O quê?
    - Pode estraga-lo diante ao ramo jurídico.
    - Será André.
    - Me desculpe Bruno, ele é seu tio, mais sei de coisas que meu pai conta.
    - Não pode ser.
    - O que pensa fazer?
    - Por enquanto vou só acompanhar, qualquer coisa eu pensarei.
    - Conte comigo.
    - Obrigado André.
    
    03012018..................
    
    










                               30



          Anoitece, Marcos e Bruno ali tomam uma cerveja na casa de Adélia, logo batem a porta, Vera entra com uma mulher loira.
    - Pessoal esta é a Regina.
    - Regina prazer.
    - É a minha namorada.
    - Que bom Vera.
    Todos ali contentes, logo Gustavo chega com Laís e eles pedem pizzas, Laís decide por fazer brigadeiro de panela, ao som de músicas eletrônicas eles se agitam ali.
    A campainha toca, Bruno dá o dinheiro para Laís que vai ao portão e recebe as pizzas logo retorna.
    - Gente tem um carro parado aqui na frente.
    - Aqui?
    - Sim.
    Bruno e Marcos saem e veem o carro ali, Bruno vai se aproximando e o mesmo sai dali.
    - Viu alguém?
    - Não.
    - Vamos para dentro.
    - Sim.
    - E ai o que houve?
    - Nada filho, eu tentei me aproximar mais o carro saiu.
    - Estranho pai.
    - Bem estranho.
    O clima fica sempre animado, com pizzas e brigadeiros.
    - E então Vera, a Regina vai morar no apartamento?
    - Ainda estamos nos conhecendo, mais sim, futuramente poderá morar lá.
    - Que ótimo.
    - Ah, mais desse jeito eu não vou mais poder ficar lá.
    - Gustavo, filho, você vai ficar comigo.
    - Pai.
    - Sim, eu vou alugar um lugar para a gente.
    - Sério, assim que a tia chegar eu já vou providenciar nossa mudança.
    - Nossa pai, melhor noticia.
    - Noticia é, e o meu namoro?
    - Desculpe Vera, seu namoro é pura felicidade. Risos.
    Mais tarde Gustavo sai com Laís que pega um táxi para sua casa.
    Ele anda um pouco até ver ali parado numa praça um veiculo, naquele instante abre a porta e um rapaz sai de dentro, com a camiseta rasgada, aos choros logo atrás um sr vem com algo na mão.
    - Parem. Gustavo grita, o rapaz vem a ele e o sr também, ele liga para o pai.
    - Pai por favor venha até a praça, agora.
    Logo Bruno, Marcos, Vera, Regina estão ali.
    - Dr Olavo.
    Ali na frente deles, Olavo com uma cinta na mão, Victor marcado no rosto por bofetes, roupas rasgadas.
    Olavo cai em si, após o acontecido, alguém chama a policia.
    - A policia não por favor. Victor vai até Olavo.
    - Vai embora, por favor vá embora.
    Bruno ajuda Olavo que ainda em nervos segue para o carro, assim que sai eles também retornam para a casa, onde Victor senta no sofá, sendo amparado por eles.
    - Eu disse, falei para ele tudo, tudo Bruno, mais o seu tio não quis me ouvir, mudou de uma hora para outra e já foi me agredindo, me tentou enforcar-me com as mãos e daí tirou o cinto e quis enrolar no meu pescoço.
    - Ele é um monstro. Vera diz.
    - Não, ele só quis expor o sentimento dele, só que de outra forma. Victor diz.
    - Você vai levar adiante? Pergunta bruno.
    - Não, eu só quero agora viver minha vida e seguir com quem amo.
    - Melhor decisão. Marcos diz.
    - E eu vou estar contigo, pode contar. Bruno diz.
    - Obrigado.
    Gustavo traz água para Victor que bebe em goles lentos, pensativo, Vera senta ao lado dele e o afaga na cabeça.
    - Fique calmo, tudo vai dar certo.
    Os dias no escritório se tornam tortuosos, Olavo não dá a miníma, Bruno e Vera se sentem super ignorados.
    Victor não parece para trabalhar e eles nada sabem do homem.
    Ao fim do expediente, Vera vem a sala de Bruno, decidem por parar num boteco e tomar algumas cervas.
    - Bruno que bom que ainda esta aí.
    - Aconteceu algo Pietro?
    - Dr Olavo pediu para que organizasse alguns documentos na sala dele.
    - Eu?
    - Sim foi o dr...
    - Tudo bem.
    Vera vai com ele até a sala, Pietro lhe entrega a chave da porta.
    - Obrigado.
    - Tchau.
    - Tchau.
    Eles entram, a mesa, o sofá, outra mesinha repleta de pastas e folhas avulsas.
    - Não acredito.
    - Ele fez de propósito.
    - Com certeza.
    - Eu te ajudo.
    - Não Vera vá descansar.
    - Jamais.
    A mulher dobra a manga da camisa e vai ao auxilio de Bruno, 2 horas depois tudo pronto.
    Passam no bar perto da casa de Bruno e pegam umas latas de cervejas e refri e seguem para casa.
    Ao entrarem, ali no sofá Victor, cabisbaixo, Gustavo junto de laís preparam a janta.
    - O que houve?
    - Seu tio me expulsou do apartamento.
    - Apartamento?
    - Sim, ele me ajjudava com o aluguel, mais o contrato era no nome dele.
    - Canalha.
    - Calma Bruno.
    - Cara, você foi despejado.
    - Ele só me deixou retirar poucas roupas e os documentos.
    - Cretino.
     Vera senta ao lado de Victor.
    - Quer ir para o meu apartamento?
    - Posso?
    - Claro.
    Bruno intervém.
    - Mais e a sua namorada?
    - Eu falo com ela.
    Logo Bruno liga para Marcos.
    Marcos chega minutos depois e se intera da situação do amigo de Bruno.
    - Pronto vai para minha casa.
    - Eu?
    - Lógico.
    - Mais será que não vou atrapalhar?
    - Jamais.
    Gustavo vem com Laís.
   - Então esta decidido você fica na casa de meu outro pai.
   - Como?
   Todos ali olham para ele.
   - Eu falei pai, bem gente força de expressão, vocês entenderam né.
   Marcos sorri.
   Todos á mesa degustando o macarrão com sardinha feito pelo jovem casal de namorados, Gustavo e Laís.
   Lurdes chega no apartamento abre a porta e nota que esta ja esta aberta, anda vagarosamente um tanto ressabiada, traz nas mãos 2 sacolas com compras de mercado.
   - Olá Lurdes.
   - Adélia você por aqui.
   - Tudo bem?
   - Como conseguiu entrar?
   - Tenho meus jeitos.
   - O que quer, não deveria estar em Prudente?
   - Bem, vou para lá, depois de resolver outro problema.
   - Problema, qual?
   - Você minha cara.
   Adélia saca de uma pistola com silenciador, 3 tiros, Lurdes cai no tapete, ela injeta uma substância na veia da mulher, coloca a seringa na mão de Lurdes, retira o silenciador e na outra mão coloca a arma, joga um pouco de bebida em volta do cadáver e sai.
   Três horas depois Lurdes é encontrada morta ali por uma vizinha que se cansou de ligar e pediu para que o porteiro fosse junto para ver o que havia acontecido.
   Já no aeroporto Adélia embarca para Prudente.
   Amanhece, Victor fora com Marcos para o apartamento dele, Bruno e Gustavo limparam a louça, Vera decidira por dormir ali, Laís fora de táxi.
   - Bom dia.
   - Bom dia.
   Vera sai logo após 1 xícara de café, passara em sua casa para depois ir ao serviço.
   Bruno se prepara para ir ao escritório levando Gustavo para a loja do pai de Laís, ao abrir a porta, dá de cara com Adélia.
   - Tia.
   - Olá queridos cheguei.

   20181501
   
   











                                    31


    Adélia entra seguida de um rapaz que traz sua bagagem, já dentro da sala, paga ao rapaz que agradece e sai.
   - Tia, por que demorou tanto?
   - Bem tive alguns outros assuntos.
   - Onde esteve tia?
   - Bem, acho que já esta na hora de ir para o escritório.
   - Sim tia.
   - Gustavo vai me ajudar com as bolsas?
   - Não posso tia, agora vou para a loja do pai de Laís.
   - Ah, sim, se for para trabalhar, tudo bem.
   - Como assim tia?
   - Bruno, infelizmente sou obrigada a lhe dizer, este teu filho já esta passando da hora de aprender algo.
   - Sim tia pode deixar, vou cuidar disso.
   - Tudo bem.
   - Tchau.
   - Tchau queridos.
   Os dois saem dali, Gustavo a bufar de raiva.
   - Você ouviu pai, ela me chamou de vagabundo.
   - Por favor filho, vamos nos acalmar.
   - Mais pai.
   - Ela já é de idade, quer saber mais, já passou do tempo de sairmos dali.
   - Concordo pai, em numero e grau.
   - Ao chegar no escritório, vou adiantar meu trabalho e pedir ao tio que me permita sair á procura de um lugar para n´so.
   - Apoio pai.
   Eles entram no carro e sai.
   Adélia caminha pela casa, vasculhando tudo, até se sentir satisfeita, senta á beira de sua cama.
   - Graças, aquela cadela, sem vergonha não deixou nada aqui.
   Na cozinha prepara um chá e vai para a sala onde liga a tv, logo seu celular toca.
   - Oi, sim cheguei, tudo certo, deu tudo certo, tá bom, depois nos falamos, tchau.
   Morde alguns biscoitos enquanto assiste as ultimas noticias do jornal matinal.
   - Pois é querida Lurdes, a esperteza pode ser falha diante a experiência.
   O corpo de Lurdes já fora removido do apartamento, nenhuma evidência de arrombamento, tampouco o porteiro soube informar se alguém entrara, as cãmeras foram desligadas há 2 dias devido a uma forte chuva e estavam em manutenção, fato é que não há como saber se entraram alguma pessoa estranha ali, a portaria também fora atingida por um faisco de relâmpago que ocasionou a queima do motor do portão, o que fez
por ordem geral que se deixasse este aberto até o anoitecer.
   - Que droga, como pode esta pessoa ter entrado e saído sem que ninguém percebesse.
   - Mais dr pode ter sido suicidio?
   - Não, aquilo fora plantado.
   - Como assim?
   - Estava muito bem feito, entende, outro ponto, suicidios são mais simples sem tanta elaboração e o principal.
   - O quê?
   - Os vizinhos teriam ouvido os disparos.
   - Sim, verdade.
   - Pois é, foi um asssassinato, e quem o fez, sabia muito bem pois com certeza já os fez outras vezes.
   - Dr.
   - Sim, esta pessoa é articulosa e tem sangue frio.
   - E agora dr?
   - Vamos procurar pistas.
   - Mais dr.
   - Ninguém comete um crime perfeito.
   - Sim dr.
   Bruno termina boa parte de seu trabalho e segue para a sala de Olavo.
   - Dr.
   - Sim.
   - Poderia falar com o dr?
   - Tudo bem.
   - Bem, gostaria se possível que me liberasse após o almoço, preciso achar um lugar para morar com meu filho?
   - Tudo bem.
   - Obrigado.
   - Vai levar junto de vocês o falsário?
   - Quem?
   - Victor.
   - Dr, o Victor foi em casa e me pediu abrigo.
   - E daí?
   - Ele esta na casa de um amigo.
   - Que amigo?
   - Me desculpe mais isso só ele pode lhe dizer.
   - Esta certo, esta liberado após o almoço.
   - Mais uma vez, obrigado.
   - Sim.
   Bruno sai da sala, respira fundo e segue para a sua, lá encontra André.
   - Cara o que houve, parece que vai ter um troço.
   - É o dr Olavo.
   - Seu tio?
   - Ainda em raiva por causa do Victor.
   - Deixe ele, logo passa.
   - Sei não André, acho que isso ainda vai piorar mais.
   - Meu Deus.
   - Pois é.
   - E ai, as coisas?
   - Preciso de sua ajuda.
   - É só me dizer.
   - Me ajude a arrumar um lugar para mim e Gustavo.
   - Ja esta arrumado.
   - Como?
   - Meu pai, ele tem umas casas, apartamentos, ontem um ficou livre.
   - Sério André.
   - Estou lhe dizendo.
   - Como faço para ve-lo?
   - Na hora do almoço nós vamos.
   - Mais é muito caro?
   - Fique tranquilo, vou negociar com ele.
   - Não quero te trazer transtornos.
   - Jamais, você só me traz outros sentimentos.
   - André.
   - Tudo bem, já não estou mais aqui, estou indo.
   - Tudo bem.
   André sai, logo Vera entra com alguns papéis.
   - Mais documentos do dr...
   - Tenho tempo, já vou ficha-los.
   - Obrigado.
   - Você nem imagina o que houve?
   - Me diga.
   - A tia voltou.
   - Meu Deus.
   - Pouco depois de você ir, mais Vera ela esta bem diferente.
   - Como assim Bruno?
   - Não sei, mais ela veio, bem diferente mais ardilosa, olhos atormentados.
   - O que foi que aconteceu nesta viajem?
   - Para lhe ser sincero tudo que mais quero agora, sair de lá.
   - Faz bem.
   - No horário de almoço vou com o André ver um lugar.
   - Com o André?
   - Sim.
   - E o Marcos, já sabe?
   - Vou ligar para ele.
   - Faz isso, por favor.


   20182301 ............................









                                  32

      



     Todos ali, na casa de Marcelo, este em reunião com seu filho André no escritório, na sala Bruno e Marcos aguardam a resposta, Bruno sente que será um não.
    Após verem o apartamento que ficara vago, bem situado, próximo a mercados, fármacia, posto de combustível, loja de conveniência, há 8 quadras de um hospital particular.
    - Será que vai dar certo Bruno?
    - Vamos ver mais não estou tão confiante.
    - Com certeza ele vai querer uma fortuna.
    André sai do escritório junto de seu pai, Bruno ali ao olha-lo começa a sorrir.
    - Dr Marcelo.
    - Olá Bruno, Marcos.
    - Olá dr. Diz Marcos.
    - Bem o que eu posso fazer por ti Bruno é isso.
    O homem lhe entrega um papel com a proposta do aluguel.
    Bruno olha e logo surge um largo sorriso em seus lábios.
    - Para mim esta bem.
    - Então encaminhe os documentos necessários a este escritório.
    - Obrigado dr.
    - Oras eu precisava alugar.
    - Então uma cerveja?
    - Tudo bem.
    Os 3 saem dali, Marcelo olha para a felicidade de seu filho e faz uma ligação.
    - Oi, então como esta andando nosso assunto, seja mais incisiva, sim depois nos falamos.
    Ele desliga e retorna ao escritório.
    No bar ali perto, eles pegam uma mesa, um som sertanejo a tocar ali, logo vem um rapaz anotar o pedido.
    - 3 chopps.
    - Sim.
    Marcos olha para os 2 ali.
    - Que bom André que seu pai cedeu a sua vontade.
    - O que quer dizer?
    - Oras André, o valor é bem abaixo do mercado imobiliário.
    - Somos amigos.
    - Sei.
    Bruno puxa Marcos para si.
    - O que vale é que poderei me mudar o mais rápido possível.
    - Deixe os documentos comigo, amanhã logo cedo os levo.
    - Obrigado amor.
    André olha para eles e sorri.
    - Vou ajudar na mudança e não aceito um não.
    - Mais é lógico que vai ajudar.
    Marcos olha para André.
    - Eu também vou estar lá.
    - Por mim, afinal não estou em rinha.
    - O que quer dizer André?
    - Por favor. Bruno intervém.
    Bruno leva o papo para outra direção e logo chega os chopps, Marcos sorve o seu aos poucos goles, André o olha e sorri o que faz o homem estremecer em sua raiva, porém olha para o seu lado e ali com tamanha felicidade Bruno o diz.
    - Tudo bem, logo vamos ter o nosso canto.
    - Sim meu amor.
    Agora é André que bebe ligeiro diante a afirmação de casal.
    - Por que me diz por que?
    - O que foi André?
    - Você marcos, sempre ai e tendo de tudo.
    - O que mais, sou feliz tenho Bruno.
    - Eu sei.
    Bruno olha para André.
    - Você merece ser feliz, eu lhe desejo toda felicidade do mundo.
    - Só que sem o Bruno do seu lado. Completa Marcos.
    O silêncio ali é instalado até que Vera chega.
    - Vera, você.
    - Olhe gente já são quase 18 horas.
    - Verdade.
    André chama o rapaz e mais rodadas de chopps.
    Gustavo desce do ônibus e chega em casa, ao entrar encontra tudo arrumado, cheiuro de comida na cozinha.
    - Olá Gustavo.
    - Oi tia.
    - Vai tomar um banho, estou terminando a janta.
    - Sim tia.
    - Seu pai esta demorando, eu até pensei que ele viria contigo.
    - Não, ele deve ter ido resolver algum assunto, logo chegará, eu acho.
    - Ah, me desculpe pelo que eu disse hoje cedo.
    - Tudo bem tia.
    - Não, é sério, eu fiquei muito triste não quero ficar longe de vocês.
    - Tá.
    O rapaz segue para o quarto e ela termina o preparo, logo seu celular toca, recebera uma mensagem por aplicativo, ela visualiza e retorna para seu afazer.
    O corpo de Lurdes é liberado pelo IML, pouca gente, no velório e o enterro só com funcionários do cemitério e sua vizinha amiga.
    Quando sai dali, encontra com o investigador e outro policial.
    - Nem um parente?
    - Não sr.
    - Pois é, este caso pelo jeito vai ser daqueles que vão ficar no arquivo.
    - Não, não pode, seja quem for, tem que pagar.
    - Você viu ela com alguma pessoa estranha?
    - Ela sempre estava com bastante gente, porém de frequentar a casa dela eram poucas.
    - Nisso a mulher tem uma lembrança, aproveita que um outro homem vem aos oficiais e se despede indo.

     20182701 .....................................................


Biografia:
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