Ó dos célios, sonho idílio, rubra luz de ingente encanto.
Ó tu diva gesta que c’o corpo medra das nebulosas, silenciastes?
Vai-te em voz, dizeis a uma só palavra, perguntais ao tempo agora doravante o que podeis!
Por que as estrelas não duram para sempre? E a sorte que apazigua a vida não te fora o amor.
Filho da Ursa Maior, quão Templário c’a anima e c’o esp’rito em guarda.
Pus-me em espera velada para não serdes das sombras do eclipse escravas.
Ó tu que és honra, - de humana casta - o mal de ti se arrede?
Sigo-te! Eu que a tenho drão, sei preciso teus erros possíveis quantos são!
Ó prenuncia-nos em ode que se avista, à tarde, onde o omnipresente Sol se fez o nada ser visto, um desertor.
Vede que no lar do eterno não há tempo urgente sem tempo contente para ti.
De seda manto ou voiler, ó divina vésper de pura veste, o que mais quereis no ecrã planetário por vosso amor?
Onde ‘stás, concede-te! Ó Vênus, por dá cá nos aquela eros pura, e o que de ti Urano nos dera? Não vês, o coração d’agora, sem ti, chora!
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