Ia aqui deixar minhas sinceras desculpas
E ao meu presente, pedir que me absolvesse
Caso em meu futuro, a vontade se dissolvesse
E me cansasse, covardemente, dessa luta.
Ao invés, prezo que me queime como herege
Se a curiosidade de esvair de minha consciência,
E rogo que me exclua da existência
Caso desse exército de pensadores eu deserte.
Mais ainda, juro continuar nesta missão
E prometo acreditar na mentira útil
De que nesse plano existe mais que violência fútil
Ainda que no caminho só encontre destruição.
Em meio à aniquilação mútua,
Manterei-me na vanguarda desta luta,
Escarrando na mera ideia da fuga.
Como poderia esconder-me numa gruta,
Enquanto sofrem meus irmãos nessa guerra bruta?
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