Fechado para balanço.
Deixei nas ruas os passos.
O corpo aceita o descanso.
Poesia?, somente um traço.
Nenhuma esquina para se dobrar.
Nada de avião no céu e nem pouso.
Lisa, de longe vejo a pele do mar.
Quase nenhum piscar de olhos ouso.
Nenhum cão passa vagarosamente.
Nada de passarinho a fugir de bodoque.
Até o sol, refestelado, brilha docemente.
Relógio desligado, tudo para evitar choque.
Quem sabe o que virá nos traga ousadia.
Momentaneamente sigo o fluxo da mansa maré.
Assim fecho o momento desta poesia.
Lesma, bicho-preguiça, tartaruga: sabe como é?
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