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Monossilabicamente, porém
Sergio Ricardo Costa




Num liquidificador,
Coloque
Ivã Antônio Diniz ou o aborde,
Atabalhoadamente, para
Elaborar eruditas estradas:
Que não se saiba, há um eterno e fixo
Dodecaedro brilhante, em estado
Quase que despedaçado, pelo
Que se entende ferida e vencida,

Uma impossibilidade fria

— Determinando um limite e o pretendam,
Quais alfabetizações invoque...

(Mas) acabrunhadamente, por fim,

É a metonímia loquaz!

Se, à parte,
É ponderado o Diniz,
Pelo todo
Imponderado,
Também desmonta,
Mais inapelavelmente, o mundo.

Traz antecipação amarga
Ao olharmos homens de hoje.

Há um nobre o
Condenando e o Conde Arnaldo;

Grita

Monossilabicamente,
Porém:

O

NÃO!

Reconfortará os vivos;
Canções de escarro e catingas no umbigo,
No estabelecimento de onde
Reorienta gentis devoções;
Com líquido fixador — gadunhe —
Muitas palavras: Diniz, Kant,
Ezra
Pound...

Mas, mais bem abaixo de tudo, há o Nietzsche
Velho,
Sem que as despedidas ocorram
Pelas contradições; perdoem-me,
Falo das grandes correntes: do imenso
Oceano a Diniz, salvar, possível,
Próximo de boas casas,
O Brasil, reconhece
Um seu pior temor,
Um
Mar de burrice e um magma,
De mais dez possibilidades poucas
De salvação fatigada, ou de sonho
Doloroso, ou de desertos dentro
Dos corações: a indecência é o Brasil

— Desengonçado que faz,

Às raias
De estupefaciente e incompleta,
Ser isto muito charmoso e fresco e
Carnavalesco demais, no período
Em que não responderia (com) tudo:
Feijão amigo e angu camarada,
Um lírio de fé com a dor instale,
Na proporção em que as flores devolvem,
Um perfume desigual.

E, tontos,

Supor complicadas formas complexas,
Para explicar fáceis coisas simples,
Inatingíveis sementes de mundo;
Há umbigada e lundu na base
Da formação cultural — que supunha
Um grande país — sem rosto; anjos
Por aqui neste cantinho de teia,
É de uma gravidade ímpar:

Como possibilidade edifica,

Pendurado e à espreita, certo
De encontrar por quem passe à cilada
Mágica.

                                                                      Mas não tem forma
E — Pretendendo — que haja, desmonta o
Mais, inconsequentemente fácil
Sem encontrar fundamento profundo
Em difamar o azul escuro;
Sendo azul claro.

Ou sendo vermelho ou
Sendo azul, feliz não fique preso
Na armadilha de teias sensíveis
A difamar o vermelho escuro,
Sendo rosa.

E acredite que nunca,
Jamais, cai na armadilha suja, ´
De não ser como não é.

Acredita
Que não é aquele pouco enredo
Que explica tudo ao contrário que pensa e
Parece que está conosco, sempre.

Mas nos conduz para longe de onde
Achávamos ter destino certo.

O indivisivelmente pequeno
Do empreendedorismo simples
Dos precipícios acerca da

"á-r-v-o-r-e   d-o-s   a-c-o-n-t-e-c-i-m-e-n-t-o-s"!

Erra
Monossilabicamente os termos
Que amaldiçoariam vagas
Meditações apagadas no tempo
Da convicção de alguns, desmonta
Mais inconsequentemente os seres.

Logo, compreender seja apenas
Perversidade, tal como se isso
Mostrasse suficiente prova
De que o nada possa ser responsável
Por criar alguma coisa além (ou
Fora) do nada, bem como esperança
Secular na alma e

Para nada, a singularidade de si mesmo.


Biografia:
-
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