Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Monossilabicamente, porém
Sergio Ricardo Costa




Num liquidificador,
Coloque
Ivã Antônio Diniz ou o aborde,
Atabalhoadamente, para
Elaborar eruditas estradas:
Que não se saiba, há um eterno e fixo
Dodecaedro brilhante, em estado
Quase que despedaçado, pelo
Que se entende ferida e vencida,

Uma impossibilidade fria

— Determinando um limite e o pretendam,
Quais alfabetizações invoque...

(Mas) acabrunhadamente, por fim,

É a metonímia loquaz!

Se, à parte,
É ponderado o Diniz,
Pelo todo
Imponderado,
Também desmonta,
Mais inapelavelmente, o mundo.

Traz antecipação amarga
Ao olharmos homens de hoje.

Há um nobre o
Condenando e o Conde Arnaldo;

Grita

Monossilabicamente,
Porém:

O

NÃO!

Reconfortará os vivos;
Canções de escarro e catingas no umbigo,
No estabelecimento de onde
Reorienta gentis devoções;
Com líquido fixador — gadunhe —
Muitas palavras: Diniz, Kant,
Ezra
Pound...

Mas, mais bem abaixo de tudo, há o Nietzsche
Velho,
Sem que as despedidas ocorram
Pelas contradições; perdoem-me,
Falo das grandes correntes: do imenso
Oceano a Diniz, salvar, possível,
Próximo de boas casas,
O Brasil, reconhece
Um seu pior temor,
Um
Mar de burrice e um magma,
De mais dez possibilidades poucas
De salvação fatigada, ou de sonho
Doloroso, ou de desertos dentro
Dos corações: a indecência é o Brasil

— Desengonçado que faz,

Às raias
De estupefaciente e incompleta,
Ser isto muito charmoso e fresco e
Carnavalesco demais, no período
Em que não responderia (com) tudo:
Feijão amigo e angu camarada,
Um lírio de fé com a dor instale,
Na proporção em que as flores devolvem,
Um perfume desigual.

E, tontos,

Supor complicadas formas complexas,
Para explicar fáceis coisas simples,
Inatingíveis sementes de mundo;
Há umbigada e lundu na base
Da formação cultural — que supunha
Um grande país — sem rosto; anjos
Por aqui neste cantinho de teia,
É de uma gravidade ímpar:

Como possibilidade edifica,

Pendurado e à espreita, certo
De encontrar por quem passe à cilada
Mágica.

                                                                      Mas não tem forma
E — Pretendendo — que haja, desmonta o
Mais, inconsequentemente fácil
Sem encontrar fundamento profundo
Em difamar o azul escuro;
Sendo azul claro.

Ou sendo vermelho ou
Sendo azul, feliz não fique preso
Na armadilha de teias sensíveis
A difamar o vermelho escuro,
Sendo rosa.

E acredite que nunca,
Jamais, cai na armadilha suja, ´
De não ser como não é.

Acredita
Que não é aquele pouco enredo
Que explica tudo ao contrário que pensa e
Parece que está conosco, sempre.

Mas nos conduz para longe de onde
Achávamos ter destino certo.

O indivisivelmente pequeno
Do empreendedorismo simples
Dos precipícios acerca da

"á-r-v-o-r-e   d-o-s   a-c-o-n-t-e-c-i-m-e-n-t-o-s"!

Erra
Monossilabicamente os termos
Que amaldiçoariam vagas
Meditações apagadas no tempo
Da convicção de alguns, desmonta
Mais inconsequentemente os seres.

Logo, compreender seja apenas
Perversidade, tal como se isso
Mostrasse suficiente prova
De que o nada possa ser responsável
Por criar alguma coisa além (ou
Fora) do nada, bem como esperança
Secular na alma e

Para nada, a singularidade de si mesmo.


Biografia:
-
Número de vezes que este texto foi lido: 52871


Outros títulos do mesmo autor

Poesias Sentindo azia no caminho para a Ásia Sergio Ricardo Costa
Poesias Dois textos Sergio Ricardo Costa
Poesias Seduz, porque habitado Sergio Ricardo Costa
Poesias Uma idade entre a sua e uma estrela Sergio Ricardo Costa
Poesias De verdes pés, Curupira! Sergio Ricardo Costa
Poesias Robin Hood roubava Sergio Ricardo Costa
Poesias Na possibilidade de um passo Sergio Ricardo Costa
Poesias Rapaz! E as aves, onde estão? Sergio Ricardo Costa
Poesias Letras são Sergio Ricardo Costa
Poesias E tem o 'palhaço' assassino Sergio Ricardo Costa

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 181 até 190 de um total de 208.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
Todo Desejo - José Ernesto Kappel 53354 Visitas
Escrever - Terê Silva 53353 Visitas
Feito de Tristeza - José Ernesto Kappel 53353 Visitas
RESPOSTA A NICK DRAKE - Juarez Fragata 53352 Visitas
O vovô e a vovó - Helena Regina Santarelli M. de Campos 53348 Visitas
MEU BURRINHO RANCHEIRO: UM CONTO DE NATAL - Saulo Piva Romero 53348 Visitas
A FALA POLITICA - BENEDITO JOSÉ CARDOSO 53346 Visitas
PACIÊNCIA DO POVO - MARCO AURÉLIO BICALHO DE ABREU CHAGAS 53346 Visitas
O PAPAGAIO GODOFREDO - Carlos de Almeida 53344 Visitas
A ILHA DO SOL - Saulo Piva Romero 53342 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última