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JUÍZO FINAL
manoel serrão da silveira lacerda

Falo-vos
Do septo nasal,
Senzala de secreção ancestral.

Digo-vos
Do peito xenófobo,
Excreção moral
Que nem xarope expectora.

No entanto nos abraçamos sujos e resignados à espera do juízo final.
É que não há sabão na pátria com vergonha e ética,
Nem palha [de] aço com respeito e água que enxágua tanta sujeira.


Biografia:
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