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As obras de arte estão todas terminadas e afinal não dizem mais tanto a respeito de mim.
Não são justificáveis uma vez que tudo mudou de lugar.
E aonde deveriam estar as letras, muitas tarefas se fazem latentes.
O som da boa música preenche um vazio que logo volta ás origens.
A fênix criativa se cansou e renasceu sem fogo duradouro, somente pequenas faíscas que logo se apagam no decorrer da rotina cruel que não diz a que veio.
Seria prudente usar só a fala? As letras para numa tentativa vã explicar que não há mais um motivo real?
Talvez todos os estopins que outrora nomeados de defeitos estejam simplesmente desistindo de não fazer sentido...
Aqueles que eu mesmo cultivei por amor ao mundo íntimo e que agora me chateiam com uma explicação clara e racional de suas faces.
E não há conforto na serenidade como estar em meio ao caos interior que logo se torna produto, não há produto sem uma real instigação.
Quando sentir que não há mais o que ser feito senão escrever, estará enfim fazendo arte.
Fazer por amor? Por vaidade? Por criatividade? Bobagem! Fazer por que não há mais outra saída!
Daí que reconheci o que vale a pena ou não se tratando de poesia, de conversa, de vida.
Mas agora as minhas... Que maldição!
Preferia que estivesse afogado em ideias até o completo esgotamento, pois saberia o que fazer com isso. Do que a letargia redundante na qual tudo se encontra.
Como algo adormecido sem ímpeto para despertar.
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