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Texto selecionado
Às Vezes e Sempre na Vida |
Derlânio Alves de Sousa |
Às Vezes e Sempre
na Vida
No mar maravilho
Na água deságuo
No vinho entorpeço
Vacilo e me afago
Em meu universo.
No pensamento viajo
Contra ao vento, tombo.
Feito matemático ou mágico
Peço e ofereço bom ombro.
Na terra ando.
Sorrindo ou chorando,
De cabeça erguida ou não,
Ocupado ou vagando
Sozinho ou em multidão.
Percorro meu mundo
Em silêncio ou em brado
Reparo o meu eu
O de certo e de errado
E vejo que muito valeu,
E a Deus meu obrigado.
Penetro no mundo de outrem
Quero ou não o mesmo
Imagino confuso
E uso o além do ermo.
E saio de mim e me vejo no outro
Sano ou louco
Recorro aos conceitos
E na busca do perfeito
Insatisfeito morro.
Ultrapasso a imaginação
Idealizo projetos infactíveis
E torno os meus sonhos em utopia
As noites em dias
Forjando em alucinação.
Em veredas perdidas
Em caminhos estranhos
Sinto remoço e medo.
E me escapo nas pontas dos dedos
E me sinto curado das feridas.
Mergulho em águas cristalinas
Lavo o corpo e a alma
E mantenho toda a calma
Procurando viver algo que me fascina.
Derlãnio Alves
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Biografia: Derlânio Alves de Sousa, nascido em 04/01/1976 no município de Aiuaba CE, filho de agricultores, Eneas Alves e D. Santa, é professor de Língua Portuguesa, tem pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura brasileira. |
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Publicações de número 31 até 40 de um total de 68.
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