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CONTRAPROPOSTA
Derlânio Alves de Sousa

Resumo:
Trata-se de um chamamento ao povo brasileiro para um baixo ao desmando no âmbito politico e administrativo no Brasil. propõe-se um novo sistema político e administrativo para o Brasil, menos privilégios políticos e mais benefícios ao povo.

CONTRAPROPOSTA

Alô Brasil, alô brasileiro!
Quero saber o que você gosta?!
Porque tenho pra você,
Meu Brasil, meu brasileiro;
Uma Contraproposta.

Enquanto você aí se diverte
No Natal, passagem de ano (Réveillon)
Comendo e bebendo, achando tudo muito bom.

(Enquanto isso...)

Lá em Brasília a caneta assina
O plano anual, aquele que assassina
Os direitos do cidadão;
São: aumento de impostos, novas arrecadações.
Redução do salário mínimo, fechamento de novos “acórdãos”

Alô Brasil, alô brasileiro!
Quero saber o que você gosta?!
Porque tenho pra você,
Meu Brasil, meu brasileiro;
Uma Contraproposta.

Mal passa o “ano novo” já é carnaval
A galera faz aquele festival
Com o samba no pé, com o frevo na mão,
Com o xaxado e o forró, um só arrastado no chão
Cada um com seu ritmo, de acordo com a sua região.
Todo mundo comendo e bebendo, numa maior animação!!!

(Enquanto isso...)

Lá em Brasília a caneta alfineta um cidadão
E numa canetada só,
É criado o auxílio paletó
Auxílio moradia, plano de saúde,
E tantas outras regalias;
Passagens de avião, assistência a família,
Tudo isso e muito mais, à custa do cidadão.

Alô Brasil, alô brasileiro!
Quero saber o que você gosta?!
Porque tenho pra você,
Meu Brasil, meu brasileiro;
Uma Contraproposta.

Na semana santa, pra não dizer do pecado.
Enquanto poucos rezam e oram para que Deus seja louvado.
Muitos aproveitam a ocasião, pra subir o preço do peixe, do queijo e dos seus derivados
O povo em sua maioria, bebe, come, faz orgia...
Mergulhando-se cada vez mais nos absurdos do pecado.

(Enquanto isso...)

Lá em Brasília a caneta destina
Nosso dinheiro em propina,
Cria-se o mensalão,
Mas o governo, por ser esperto, anuncia:
Vai ter melhoria na saúde, na segurança e na educação.

Pra não ficar só no engano, o governo faz plano,
E fica no chove e não molha, no enrola, enrola...
Cria e em seguida amplia o chamado “Bolsa Escola”,
Depois muda pra “Bolsa Família”, pra não dizer “Bolsa Esmola”
Afinal, é o maior projeto social
Visto no Brasil, em toda sua história.

Alô Brasil, alô brasileiro!
Quero saber o que você gosta?!
Porque tenho pra você,
Meu Brasil, meu brasileiro;
Uma Contraproposta.

Em cada fim de semana, enquanto você curta uma balada,
Uma cerveja gelada, o futebol na televisão...
Vai à missa, vai ao culto, à família visitar...
Afinal a vida requer diversão, paz, amor e reflexão.
Deve sim, ser celebrada!

(Enquanto isso...)

Lá em Brasília a caneta não para
Há aumento da gasolina, venda do pré-sal,
Fim dos direitos trabalhistas e da Soberania Nacional
Por meio da privatização, terceirização e escambau.

Alô Brasil, alô brasileiro!
Quero saber o que você gosta?!
Porque tenho pra você,
Meu Brasil, meu brasileiro;
Uma Contraproposta.

E aí no meu, no seu dia a dia,
Na correria pro trabalho,
Ou no descanso no lar
Enquanto você assista ao um telejornal,
Antes e depois de uma telenovela
Algo se revela, pra se questionar.

O que você é contra? O que você é a favor?
O que é certo, o que errado?
Nessa inversão de valores?
Ou pra você está tudo bem, sem nenhum temor?

(Enquanto isso...)

Lá em Brasília a caneta dita
O que é certo ou que é errado
O povo que se dane, que pague pelo seu pecado
Afinal, povo que não reclama, merece ser domado.
Pois povo sem mando é povo lascado!

Alô Brasil, alô brasileiro!
Quero saber o que você gosta?!
Porque tenho pra você,
Meu Brasil, meu brasileiro;
Uma Contraproposta.

Agora meu irmão,
É tempo de eleição,
A “caneta de Brasília” está em sua mão.
Faça valer seus direitos, assim como cidadão.
Saiba dar resposta a quem merece,
Vamos acabar de vez com essa peste, chamada de corrupção.

Agora é a hora, meu irmão!
Com a “caneta” na mão,
É hora de dizer:
Fim dos privilégios políticos,
E mais benefícios pro cidadão.

A hora é agora.
Com a “caneta” na mão,
Não há um ato mais cívico,
Do que o de votar
É a maior manifestação,
Que um povo soberano, pode constatar.


Por fim, meu povo,
Não deixe de novo
Ao engano se levar.
Diga sim aos seus direitos,
E com todo respeito,
Vamos escolher alguém que
Saiba com decência, o Brasil administrar.

                                           Derlânio Alves
Arneiroz, 11de julho de 2018


Biografia:
Derlânio Alves de Sousa, nascido em 04/01/1976 no município de Aiuaba CE, filho de agricultores, Eneas Alves e D. Santa, é professor de Língua Portuguesa, tem pós-graduação em Língua Portuguesa e Literatura brasileira.
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