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Ladainha ao Senhor do Calvário
Ricardo Maria Louro

Ó Bom Jesus do Calvário
Que tem a cruz de oliveira
Pela rua, solitário
Sobre os espinhos da roseira.

O vosso santo cabelo
Mais fino que o fio de oiro
Que tristeza tive ao vê-lo
Baço e sujo esse thesoiro.

A vossa santa cabeça
Coroada de mil espinhos
Não me afaste nem impeça
De seguir vossos caminhos.

Esses vossos Santos olhos
Inclinados para o chão
Deles caem dor aos molhos
Nos caminhos da Paixão.

Essas vossas santas Faces
Cheias de cuspo nojento ...
Ó Senhor porque não fazes
Que se acabe este tormento?!

Nessa vossa santa boca
Puseram fel amargoso
Pobre gente, fria e louca
Pobre Cristo doloroso.

À vossa santa garganta
Enlearam uma corda
Vossa mágoa era tanta
Senhor Deus misericórdia.

Esses vossos Santos ombros
Encostados a um madeiro
Pobre Cristo entre escombros
De que fosteis vós herdeiro.

Esses vossos Santos braços
Abraçando aquela cruz
Pelos nossos pecados
Perdoai ó Bom Jesus.

Esse vosso santo peito
Foi aberto com uma lança
Durma eu sempre no leito
Cheio dessa confiança.

À vossa santa cintura
Cingiram uma toalha
Essa pobre investidura
Foi vossa Santa Mortalha.

Esses vossos Santos pés
Mais claros que a neve pura
Arrastados nos sopés
Pela Rua da Amargura.

Pela rua da amargura
Vai o Senhor a chorar
E uma Santa com doçura
Logo acorreu p'ró limpar.

Ó quem fora tão ditosa
Que vira o Senhor chorando
E numa pressa dolorosa
O abraçou, ficou limpando?!

E há um grito de Mulher
Junto à cruz, lá no Calvário
Vossa Mãe, triste, a sofrer
Que abraçou vosso Sudário.

Juntarei os meus pecados
Pô-los-ei aos pés da cruz
Que eles sejam perdoados
Para sempre amém Jesus.


P.S/ Quadras inspiradas numa antiga Novena para chover...










Biografia:
O meu Destino é ter a vida d'um Poeta que escreve muito bem e vive muito mal! Ricardo.
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