Tenho sede
De lábios úmidos
A roçarem os meus,
Tenho fome do corpo
que arde
A me enlaçar,
Eu tenho frio
Nas mãos
Que esperam
As suas tocar,
Eu tenho uma gana
De vida,
De curar a ferida
Que ainda está lá
Não em engana,
Eu tenho um mar
De abraços,
Um par de sorrisos
Guardados num favo,
Tenho a abelha rainha
E também o zangão,
Tenho um amor
Que protejo
Num codinome
Cabelão.
maria Júlia Pontes
|