De vez em quando as estrelas coram,
olhares de moços apaixonados se demoram
a passearem no céu, lânguidos e saudosos;
as estrelas se entregam, fecham os olhos e brilham por horas
tingindo os campos com prata espargida,
o silencioso som do amor corre nas veias da vida;
dormem quando nasce, borboleta de luz, a aurora...
Se você ainda não teve um momento assim,
pequeno e eterno, abra a janela do seu coração,
se dê como a água à sede, o começo ao fim,
se desfaça da rigidez, estenda, suavemente, a mão...
Todas as coisas que foram criadas para o nosso bem
se reúnem à volta de Deus e cantam e dançam a sonhar,
descansa a terra, por um momento, de cada desdém,
o sol nasce, bochechas rosadas, acende sua alma
e se põe a nós todos iluminar...
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