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A Maneira Progressiva como os Jovens se Desviam
John Angell James



Título original: The successive steps of going astray


Extraído de: The Young Man Leaving Home


Por John Angell James (1785-1859)

Traduzido, Adaptado e Editado por Silvio Dutra

Se isto é um fato melancólico, que a história de inúmeras famílias pode verificar, que muitos jovens, que saem de casa em todos os aspectos morais e respeitáveis; tornam-se perversos e terminam o seu curso em leviandade e ruína; então uma inquirição se apresenta para se entender quais os passos que levam a essa terrível reversão de caráter e circunstâncias.
Raramente, se alguma vez acontece, o coração que joga fora imediatamente todas as restrições da virtude, mergulha de repente nas profundezas do vício. Não é por um passo, que a juventude moral passa de hábitos sóbrios em casa para aqueles de natureza oposta no exterior; mas, geralmente, por passos lentos e sucessivos. O juízo e a consciência recuariam de uma tentação que lhe propusesse tornar-se imediatamente despudorado; e se alguma vez se tornasse proficiente no vício, deveria ser levado por graus insensíveis, e pouco a pouco avançaria no caminho da maldade, e nos conselhos dos ímpios. Isto é o que se entende por engano do pecado.
Que indivíduo que alguma vez alcançou a enormidade da iniquidade, previu ou conjeturou o fim de sua carreira? Quando o mensageiro do Céu revelou a Hazael, o sírio, a maldade de seu futuro caráter, ele indignado exclamou: "É seu servo um cão, que ele deva fazer isso?" Foi uma explosão de honesta indignação. Naquela época, ele era incapaz das atrocidades que o profeta predisse que um dia iria cometer, e toda a sua natureza surgiu em uma expressão de aborrecimento sincero. Ele não conhecia o engano de seu coração, nem as influências corruptoras da ambição e do poder. Foi conduzido a isso por um progresso gradual em sua carreira culpada, até que os eventos de sua história ultrapassaram na criminalidade a imagem prevista pelo profeta. Quem terminou seus dias na forca ou no exílio de um criminoso, que em um período de sua vida tivesse pensado que seria possível que ele fosse tão endurecido a ponto de cometer tais crimes? O hábito torna todas as coisas fáceis; mesmo os crimes mais atrozes. E hábitos de vício, como outros hábitos, começam com atos, muitos deles pequenos. A visão mais alarmante do pecado, portanto, e aquela que deveria despertar a maior cautela e vigilância; é a sua natureza progressiva.
Tenho lido em algum lugar de um dos primeiros cristãos, que, ao ser solicitado por um amigo para acompanhá-lo ao anfiteatro, para testemunhar os combates de gladiadores com animais selvagens, expressou sua maior repugnância ao esporte, e se recusou a testemunhar uma cena condenável tanto pela humanidade como pelo cristianismo. Ultrapassado, por fim, pelas súplicas insistentes e contínuas de seu amigo, a quem não desejava ofender, consentiu em ir, mas determinou que fecharia os olhos assim que se sentasse e os manteria fechados durante todo o tempo que ele estivesse no anfiteatro. Em alguma demonstração particular de força e habilidade, por um dos combatentes, um grito de aplausos foi levantado pelos espectadores, quando o cristão quase involuntariamente abriu os olhos; sendo aberto, achou difícil fechá-los novamente; ele se interessou pelo destino do gladiador, que então estava lutando com um leão. Ele voltou para casa, professando não gostar, como seus princípios exigiam que ele fizesse, desses jogos cruéis, mas ainda assim sua imaginação revertia para as cenas que ele havia testemunhado sem querer. Ele foi novamente solicitado por seu amigo, para ver o esporte, um a vez que percebeu a conquista que tinha sido feita. Ele encontrou menos dificuldade agora do que antes em consentir. Ele foi, sentou com os olhos abertos, e apreciou o espetáculo sangrento. De novo e de novo, sentou-se com a multidão pagã, até que finalmente se tornou um assistente constante no anfiteatro, abandonou seus princípios cristãos, recaiu na idolatria, morreu um pagão e deixou uma prova fatal do engano do pecado! Milhares de fatos com a mesma significação poderiam ser coletados, se fosse necessário, tendendo a ilustrar a maneira insidiosa pela qual o transgressor é conduzido; em sua descida gradual para o golfo da ruína!
Vamos reunir a substância dos capítulos anteriores, e traçar o andarilho através de seu curso pecaminoso. Talvez antes de deixar a casa de seu pai, ele não fosse apenas estritamente moral; mas era objeto de impressões piedosas; convencido do pecado, e um investigador interessado da salvação. Ele ouviu sermões com interesse, manteve de forma santificada o dia do Senhor, e tinha os seus momentos dedicados à oração secreta e lia as Escrituras. Sua conduta tinha despertado as esperanças de seus pais, e levantado as expectativas de seu pastor; mas ele não estava decidido; não houve entrega real de seu coração a Cristo, por meio da fé, do arrependimento e do novo nascimento. Nesse estado de espírito, ele saiu de casa. Em vez de alarmar-se, como devia ter feito, diante dos perigos a que estava agora prestes a ser exposto, dirigiu-se impensadamente à sua nova situação e encontrou seus perigos sem a devida preparação. Em seu lugar, ele achou pouco para encorajar, talvez algo, ou mesmo muito; para abafar e desencorajar a reflexão séria.
O pregador cujo ministério ele frequentava era menos impressionante e excitante do que o que tinha deixado. O empregador a quem servia pouco cuidava de seu bem-estar espiritual. Em meio a essas circunstâncias, suas impressões religiosas logo foram perdidas, e sua preocupação rapidamente cessou.
Ainda assim, ele não podia desistir imediatamente das formas de devoção, e por um tempo manteve a prática da oração particular; mas não tendo um quarto separado, logo ficou envergonhado de ser visto caindo de joelhos na presença de companheiros zombadores ou irrefletidos, que dormiam no mesmo cômodo, e que talvez zombassem da prática.
Esta é uma tentação à qual muitos estão expostos, e é uma das mais bem sucedidas em induzir os jovens a desistir do hábito da oração. No entanto, ele não podia renunciar a uma prática a que estava acostumado desde a infância e, ocasionalmente, fugia para seu quarto e passava alguns momentos em devoção. Isso também com o tempo, foi abandonado, e a oração foi completamente interrompida. Uma grande restrição foi removida, e uma barreira derrubada. O temor de Deus, mesmo aquela pequena porção que parecia possuir, estava deixando seu coração. Ele agora vive sem oração, e fica exposto às dez mil armadilhas e tentações do mundo; sem uma única defesa! No entanto, ele ocupa o seu lugar na casa de Deus; porque ele não pode livrar-se de um certo tipo de reverência para o dia do Senhor, e de um apego ainda persistente para ir à igreja.
Na mesma casa em que vive, encontram-se um ou vários, que não têm gosto pelas coisas sagradas, porque são mundanos e sensuais. Ele ouve as suas zombarias da piedade, que no princípio o choca, e ele as repreende, pois ele ainda não está acostumado à profanação; ele vai mais longe, e aponta a impropriedade de sua conduta em outras coisas, e adverte sobre as consequências. Gradualmente, porém, ele se torna mais tolerante com seus pecados, e menos ofendido por sua impiedade. Eles o ridicularizam, e em alguma noite de domingo o persuadem a acompanhá-los numa excursão pelo país.
Depois de um pouco de hesitação, ele consente, e está alegre, embora não totalmente sem que sua consciência o golpeie. Em uma ou duas semanas, a festa de domingo é novamente formada, e a autoridade de Deus novamente resistida e desprezada. Ele agora pensa que uma vez por dia é suficiente para o culto público, que a manhã pode ser dada a Deus, e a noite pode ser dada ao prazer, especialmente para quem tem toda a semana ocupada no trabalho em uma cidade próxima, e que não tem nenhuma oportunidade exceto no domingo; para ver o país ou respirar ar fresco. O mesmo argumento, uma vez admitido como sendo válido, é logo aplicado ao culto da manhã, e todo o domingo é finalmente dado por ele para a recreação.
A consciência, no entanto, não permitiu que ele ficasse até agora sem frequentes aguilhadas e avisos. Uma carta de casa ocasionalmente o perturba. Seu pai foi informado de sua conduta alterada, e, em tristeza de coração, denuncia, suplica e adverte. Primeiro, ele está triste, então está zangado, então interiormente inquieto; mas o gracejo de um companheiro pecaminoso dispersa cada pensamento bom, e continua determinado em ir em seu curso descendente. Ele é agora o associado constante dos malfeitores, que ganharam uma ascendência sobre ele, e estão fazendo com que fique cada vez mais extraviado. Para acalmar as apreensões de seus pais, e para silenciar as repreensões de casa, ele escreve uma carta penitencial, e faz promessas de emenda. Mentira e hipocrisia são agora adicionadas aos seus pecados, e elas são auxiliares terríveis para entorpecer a consciência e endurecer o coração.
Um ator célebre vem à cidade, ou aparece em um dos teatros, e ele é solicitado a ir para o show; ele está agora preparado para isso, e concorda prontamente. Tudo o fascina. Seus sentidos, imaginação, coração, gosto, são todos levados cativos. Sua mente está em estado de intoxicação mental. Ele adquire uma paixão pelo palco, e sempre que seus meios e oportunidade o permitam, ele está no teatro. A notícia de seu declínio chega de novo à sua casa paterna e, novamente, seus pais chocados e atormentados escrevem e suplicam-lhe que altere sua conduta ou volte para eles; mas agora ele pode tratar o conselho de um pai com desprezo e as lágrimas de uma mãe com cruel indiferença. O teatro, como já mostramos, é um reduto para muitas mulheres infelizes, das quais o sábio diz: "a casa deles é o caminho para o inferno, descendo às câmaras da morte". Ele é pego na armadilha e arruinado! Ele fica horrorizado quando a reflexão vem, e em uma agonia de virtude expirando, exclama, "O que eu fiz!" A consciência não está completamente morta, e a vergonha não está absolutamente extinguida. Para continuar com as repreensões do monitor incômodo interior da consciência, ele revisita a cena onde tantos estão reunidos como ele próprio; para afogar suas dores, ou para romper em remorso.
A morte de um amigo ou parente ocorre, o que torna necessário que ele deva assistir a um funeral, talvez ouvir um sermão fúnebre. O Livro de Deus, e o servo fiel de Deus, proclamam agora a pecaminosidade do pecado e a perdição eterna do pecador. Ele treme, mas não se arrepende. A Escritura agora o assombra como um espectro, e o perturba em seu curso. Se ele persistir em pecar, ele deve livrar-se dessa interferência problemática. A Bíblia é verdadeira? Um de seus companheiros é um cético, e agora trabalha para sua conversão à infidelidade. A poesia de Byron prepara o caminho para as sutilezas de Hume, a trivialidade de Paine ou os absurdos de Owen.
O cristianismo é agora chamado de fábula; a responsabilidade do homem, um mero dogma de sacerdotes astutos; e o inferno, apenas a imagem da superstição sombria; para manter a mente do homem em escravidão. Ele joga fora o jugo da religião verdadeira; exulta em sua liberdade; cede o seu corpo às concupiscências; acrescenta iniquidade a iniquidade, e corre para todo excesso de lascívia.
Mas, de onde vêm os fundos para apoiar seus desejos? Seu pai não pode fornecê-los, nem pode fazê-lo com o seu salário; mas em segredo ele furta. Se ele pode escapar da detenção, o que ele tem que temer? "O homem é a criatura das circunstâncias", e suas circunstâncias o obrigam a roubar seu empregador; e quanto a um juízo no além, é tudo um sonho.
O jogo é adicionado agora a seus outros crimes. A vergonha está perdida, não, ele se gloria na sua vergonha; e começa o comércio de arruinar outros; corrompendo os princípios de seus associados e a moral das moças. Com um caráter composto de cada sombra mais escura da depravação humana, que sua cena final seja narrada no próximo capítulo, que, por um fato melancólico, confirma a representação aqui dada. Não que eu pretenda afirmar que todos os que se extraviam na juventude alcançam este clímax terrível; mas muitos o fazem, e todos estão em perigo.
Quais são, então, as máximas que surgem desta representação, que cada rapaz deve sempre ter em mente?
1. Que o pecado é a coisa mais enganadora do universo, manifestada pela maneira insidiosa com que conduz o transgressor, de maneira enganosa e destrutiva; e as desculpas com que em cada estágio de seu progresso lhe fornece.
2. Aqueles que não seriam encontrados andando no caminho do pecado, não deveriam dar o primeiro passo nele. Evite os primeiros pecados; eles sempre, ou quase sempre, conduzem aos outros. É muito mais fácil abster-se do primeiro pecado do que do segundo. Nenhuma tentação de Satanás foi mais bem sucedida do que a sugestão, "apenas esta vez". Este “apenas esta vez” pode ser sua ruína para sempre. Os atos podem ser repetidos, e surgem novos hábitos. Nenhum pecado vem sozinho; mas está em estreita ligação com outros que eles nos ensinam a cometer, e muitas vezes nos proporcionam a oportunidade de cometer.
3. Cuidadosamente evite pequenos pecados, pois geralmente levam para os maiores. Nenhum pecado abstratamente é pequeno; mas comparativamente alguns pecados são maiores do que outros. É induzindo-os a cometer estes, que Satanás irá prepará-los para levá-los a práticas maiores. Quando sob a influência da tentação, embora seja para uma falha aparentemente trivial, sempre faça a pergunta: "Qual será a consequência desse pecado? No que ele dará?"
4. Seja muito vigilante contra pecados comuns e “aceitáveis”. É espantoso pensar que a ousadia de pecadores muitas vezes derivam desta circunstância, e como é difícil persuadi-los do perigo de praticar geralmente pecados comuns. Mesmo os homens bons são às vezes levados pelos pecados predominantes e epidêmicos. Quão frequente é a observação: "Se isto é pecado, não sou o único na sua prática, pois há muitos outros culpados tanto quanto eu!" Os pecados comuns levam a outros incomuns. Se seguimos outros no que é mau em pequenas coisas, estamos nos preparando para seguir exemplos maus em assuntos maiores.
5. Tome cuidado para não ser enganado por "nomes". Olhe as coisas como elas são e não as considere meramente pelos termos empregados para expressá-las. "Ai deles," disse o profeta, "que chamam mal o bem e o bem de mal!" Isto é feito frequentemente; o vício é chamado virtude, e a virtude de vício. Assim, a glutonaria e o alcoolismo são muitas vezes chamados, e infelizmente considerados por muitos; como sendo de caráter social e uma boa companhia. Leviandade, insensatez e até mesmo obscenidade são chamados de espírito juvenil, jovialidade infantil, liberdade inocente e bom humor. Orgulho, malícia e vingança são chamados; de honra, coragem e dignidade da mente. Pompa, luxo e extravagância são chamados de estilo, gosto, elegância e requinte.
Sob tais disfarces, o pecado muitas vezes se esconde e, por tais meios, atrapalha os incautos e obtém sua admiração. Não seja enganado sobre a virtude pela mudança de nomes; levante o disfarce, e verifique as naturezas reais das coisas.
Este engano também descobre-se por sua contrapartida desprezando a verdadeira piedade e bondade pelos títulos mais deploráveis. A ternura da consciência é chamada de precisão ridícula, estreiteza da mente e medo supersticioso. Zelo contra o pecado é chamado de morosidade, ou natureza sombria. A seriedade da mente é chamada de melancolia repulsiva. A santidade é chamada de hipocrisia nojenta. Agora, como nada tende mais a desacreditar a bondade do que dar-lhe um mau nome, e como não poucos são levados mais por nomes do que pelas coisas em si; não posso dar-lhe um conselho mais importante do que adverti-lo a estar em sua guarda contra este engano; de cobrir o pecado com o manto da virtude; e marcar a virtude com o nome do pecado.
6. Estude bem as tentações peculiares da nova situação em que você é introduzido, e antecipe, até onde possa ser feito, e por qual armadilha você provavelmente será tentado e desviado. Olhe ao redor, e examine suas circunstâncias, certificando-se tanto quanto possível da tentação à porta que se aproxima, para que possa estar melhor preparado para resistir a ela. Lembre-se, que é de grande importância para a sua futura conduta e caráter, como você age imediatamente ao chegar à sua nova situação. Repito com ênfase; os primeiros passos no caminho da bondade ou do pecado, são frequentemente tomados não muito logo depois que um jovem sai de casa!
Nota do tradutor: É muito interessante observar como a autoridade e o controle paternos dirigiam os passos dos jovens enquanto debaixo da tutela de seus pais nos dias passados, como os de que dá testemunho John Angell James; e de quantos perigos e tentações menores para se desviarem estavam sujeitos naqueles dias tão diferentes dos nossos em que uma quantidade inumerável de fontes de tentação, que eram desconhecidas naquele tempo, se encontram ao dispor de todos os jovens até mesmo dentro de suas próprias casas.
Se o desvio progressivo tinha um tempo maior naqueles dias para ser consumado, dele, pode ser dito hoje, que ocorre quase que automaticamente, quando os jovens mesmo dentro de suas igrejas, onde deveriam estar sob a proteção da vera Palavra de Deus, podem ser achados desviados em seus corações dos mandamentos que deveriam guardar, e que não temem ou observam até mesmo por ignorância, por nunca terem sido ensinados e admoestados quanto ao dever de serem guardados.
Temos uma alma para ganhar através da nossa perseverança na fé e na piedade, ou para perder, em caso contrário.
Faríamos bem, então, em atender às recomendações aqui apresentadas, adaptando-as à nossa própria época, pois são de caráter absoluto e eterno.
Somos alertados na Palavra sobre a dificuldade de sermos achados fiéis nestes últimos dias trabalhosos, e em face disso, se requer de nós maior diligência para não sermos achados desviados da presença de Deus.

HEBREUS 12
Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.
Ainda não resististes até ao sangue, combatendo contra o pecado.
E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, e não desmaies quando por ele fores repreendido;
porque o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho.
Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?
Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos.
Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?
Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
E, na verdade, toda a correção, ao presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto pacífico de justiça nos exercitados por ela.
Portanto, tornai a levantar as mãos cansadas, e os joelhos desconjuntados, e fazei veredas direitas para os vossos pés, para que o que manqueja não se desvie inteiramente, antes seja sarado.
Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor; tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.
E ninguém seja devasso, ou profano, como Esaú, que por uma refeição vendeu o seu direito de primogenitura.
Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com lágrimas o buscou.
Porque não chegastes ao monte palpável, aceso em fogo, e à escuridão, e às trevas, e à tempestade, e ao sonido da trombeta, e à voz das palavras, a qual os que a ouviram pediram que se lhes não falasse mais; porque não podiam suportar o que se lhes mandava: Se até um animal tocar o monte será apedrejado ou passado com um dardo.
E tão terrível era a visão, que Moisés disse: Estou todo assombrado, e tremendo.
Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos; à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados; e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança, e ao sangue da aspersão, que fala melhor do que o de Abel.
Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus; a voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu.
E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.
Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade; porque o nosso Deus é um fogo consumidor.


Este texto é administrado por: Silvio Dutra
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