Tenho emitido muitas opiniões relativas à necessidade de mudança, de sair da estagnação, daquilo que é extremamente contumaz e que acaba cedendo espaço ao acomodamento.
Imagino-me, novamente, em um grande navio, onde preciso arriscar mais passos, conhecer mais o caminho dentro deste imenso tempo... Ir à popa, à proa. Descer e subir de volta ao convés. Ver as máquinas funcionando, conhecer quem o está capitaneando. Ver infinito e entender o significado de tamanha imensidão e que, definitivamente, o controle maior não é meu, e, ainda, que as minhas escolhas afetam, também, aos que estão à minha volta.
Não é por ser Natal que estou dizendo isso, mas por termos mais 364(5) dias no ano para fazermos o bem, o melhor, o necessário e o imprescindível. Definhar ao largo das decisões que precisam ser tomadas não agrega valor. Agarrar-se a efemeridades, também não. Guardar no peito sentimentos que precisam ser ditos, tanto pior. E o mais sério: Tempo é um luxo que nem todos têm e quem tem, pode perder.
Minha mensagem é baseada em parte da canção "Versos Simples" (ouça aqui) e ela diz seguinte: “Não te trago ouro porque ele não entra no céu, e nenhuma riqueza deste mundo. Não te trago flores, porque elas secam e caem ao chão. Te trago os meus versos simples, mas que fiz de coração”.
Simples assim: 1) mesmo que você tenha, possa dar, escolha doar-se. Matéria não é tudo e juventude passa; 2) Quando olhar para alguém, entre na alma pelos olhos, mergulhe fundo; 3) Seja sincero(a) no falar e portador(a) de bênçãos e de palavras que edifiquem, sejam em prosa ou em versos. A voz é uma identidade extraordinária. Ela reverbera. O que for dito existirá na mente.
Seja feliz não só hoje, e porque é Natal, mas, sempre, afinal, após, as luzes se apagarão, o presépio voltará para a caixa e a fatura do cartão chegará tinindo. Então, tem que ser mais que isso. São corações, laços, abraços, desejos verdadeiros que devem permear as nossas vidas para que a minha vida, as nossas vidas, tenham sentido.
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