Juntos, nós faremos com que as coisas não se separem,
separados, ficaremos em estado de sítio, sitiados,
em alerta a espiar pela fresta
o rio que corre e alcança a outra margem
onde vivem os que se recusam ao medo
e vivem da coragem...
Juntos, faremos a sopa para as noites frias,
separados, seremos palavras sem a possibilidade da poesia,
como livros numa biblioteca,
espiaremos as proféticas
previsões de que nos tornaremos incomunicáveis,
na nova geometria estaremos como números
numa outra equação, outras variáveis...
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