Preciso de gasolina poética,
combustível para combinações genéticas
entre palavras campestres e urbanas,
claro que umas loucas e outras sanas...
Preciso de geneticistas verbais
que decodifiquem anêmonas seriais
que nascem da convergência do palato
com fonemas que precisam do olfato...
Preciso do riso de lábios acesos
que mostram os dentes ao incansável medo
em meio à turbulência platônica americana
recheada de atitudes de nossa política insana...
Preciso, antes de tudo,
dos versos que nunca disseram os mudos,
dos versos que romperam com a gramática padrão,
preciso, antes de tudo, que me dê o razoável do seu coração...
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