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MACUNAÍMA E LINDOMAR
José Lindomar Cabral da Costa

Antes que alguém comece
a dizer asneiras, do tipo
Lindomar elevou Macunaíma
à altruísta condição de alter ego,
vou já adiantando
que não é nada e equivocada disto:
Eu, sim, Macunaíma Andrade da Silva
sou quem me utilizo do dito cujo
como mais uma máscara
por detrás da qual
inclusive me escondo.


Biografia:
Nasci em Açu, pequena e marasmenta cidade do Rio Grande do Norte, num dia qualquer do mês de maio de um ano para o qual nunca dei a mais mínima importância... Alí a vida era mais besta do que em Itabira, com a desvantagem de que os açuenses comem com estardalhaço... E o tal marasmo às vezes tornava-se tão denso, intenso, que eu, que detesto me aborrecer, tirava proveito do fato, fabricando com este grandes e acinzentados bonecos de tédio à guisa de neve, da neve de que os avós no sangue só faltam ainda hoje virar coágulos de tanta saudade da Europa... Fiz bacharelado em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Norte... Porém, não exerço a profissão por puro idealismo, por achar que jornalismo é um serviço de utilidade pública e não um abominável e submisso meio de manipulação ideológica a serviço do invisível, ocultista, satanista ou illuminati e reptiliano governo secreto do mundo, na mão do qual os visíveis governantes das nações não passam de meros fantoches... Sou doido por reticências... (e por parênteses também)... Escrevo desde sempre: ainda no ventre de minha mãe, de onde saí sem a menor vontade, parece que estou agora a me ver, já em avançado estado de feto, escrevendo nas úmidas e maleáveis paredes uterinas versos muito mais proveitosos e sinceros que aqueles escritos na areia pelo tal de Anchieta que nas horas mortas da noite ocupava-se em encher os ocos paus daqueles larápios santinhos barrocos com tudo quanto era tipo de pedras preciosas antes de envá-los discretamente ao Vaticano... Ah... ia esquecendo: Eu também, a respeito do antropofagismo, se fosse índio, teria agido como os Tamoio, entenda-se comido o bispo que tinha sobrenome de peixe - Sardinha - e gosto de porco... Sou casado e fiel a minha esposa, pois nela vejo resumidas todas a mulheres do mundo... Atualmente resido em parnamirim-RN... Primeiro aprendi a pensar e a ver por mim mesmo, depois inaugurei minha própria e eclética temática, a um só tempo canibal e autofágica, para só então começar a mostrar a cara dura e multifacetada do que escrevo... Assino assim os meus escritos: José Lindomar Cabral.
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