Arisca a cobra espia,
Espia a quem passar,
Na mata a cobra observa,
Cada movimento se realizar
Externa a tudo,
Alheia a todos,
Conhece o mundo,
Amiga de todos
A cobra vê o mundo,
Vê o mundo sempre passar,
E mesmo estando no meio de tudo,
Nunca se entrega ao meio circular.
A cobra astuta medita,
Medita, pois ela apenas deixa passar,
No ar, seus olhos, ela fita
Sempre a tudo e a todos observar.
Pedro Cruz
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