Poesia das Sarjetas |
Gladston Salles |
A poesia emerge do fundo do poço
No fim do túnel nenhuma luz
A noite é lúgubre
Tudo está perdido
O coração do poeta louco sangra vinho
Apenas um pálido esboço
Do que está por vir
Palavras afiadas como navalhas
Rasga o véu da hipocrisia
As carpideiras fazem a festa com as mortalhas
E os abutres voam baixo
Prontos pra engolir o sonho putrefato
O vazio do silêncio absurdo
Reina absoluto
Na cidade que adormece
A poesia das sarjetas
Entoa o canto do desencanto
Nas esquinas malditas
Madrugadas envoltas em degradação
Desnuda a alma
Desmascara o mais sórdido desejo
Miséria e vício
Assim como a perdição
Vem a tona
Auto-destruição
Estampada na cara
Lama no caminho
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Biografia: Eu sou apenas um homem amadurecido pelos anos e desenganos que sonha sem se iludir e vive sem deixar morrer o sonho. Acredito em Deus, na Verdade e no Bem.
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