Tudo rápido
Tudo intenso
Tudo mágico
Sonho se confunde com a realidade
Ilusionismo, bom demais para ser verdade
Suas últimas palavras

Procuramos, por todos os cantos
Por toda a vida
Por aquele olhar que tem o poder de mudar
Duas vidas que sempre estiveram a se buscar
Aquele olhar que desperta o amor
De quem se reconhece refletido na pupila do outro

Atos que ataram
E criara fortes laços
Inércia que nos desataram
Consequências que nos prendem como grilhões
O que se torna o amor
Quando não se há coragem?
De lutar? De viver?
Morremos lentamente
Solitários e com os restos de nossos sonhos
Que jamais se realizaram

E assim, com os restos das lembranças
De momentos memoráveis
Seguimos em um silêncio que grita mudo e profundo
Corações incinerados
Meio mortos, meio vivos
Apartados e perdidos
Como vento que sopra forte cinzas e as brasas
Que insistem em resistir

Sem nada dizer, sem nada a fazer
Sobre o verdadeiro amor perdido
O pedaço que completa e falta
Quem sabe, um dia mereça
Renascer da verdade
E não das cinzas.

Simoni Dimilatrov
Santos, 16 de novembro de 2016

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