São tempos difíceis esses... não sei o que acontece comigo. Uma hora são tudo rosas e em alguns instantes, a dor é parecida como a de uma perda familiar. É estranho pensar em suicídio. Mas eu penso. Faz tanto tempo. Nunca foi fácil na realidade. É pior ainda pensar em suicídio e querer fazer uma carta. Carta pra quem? se tivesse alguém importante, eu não estaria nessa situação. Mas eu to. E dói. Eu não queria estar assim. Eu só queria ser aceita. Eu nunca fui. Aceita. Nunca tive apoio. Minha mãe é minha infelicidade. Ela sabe disso. Mas ela não liga. Diz que é bobagem. Ok. Sempre foi bobagem. Mas eu não ligo mais. Porquê? Oras, porque minha vida não foi feita para isso. O mundo. Eu não sei sobreviver nele. Eu só fui uma passagem. Eu me apaixonei pelas estrelas porque logo eu me tornaria uma. Mas eu não queria ter passado por isso. Tenho medo. De morrer. Mas eu amo as estrelas porque elas são livres e aceitas. Eu já fui aceita, hoje não sou mais. Mas eu não ligo. Pois meus dias estão passando. E o fim chega. Mas eu não quero. O medo é grande. Mas a cada dia a dor aumenta. E eu nem sei o motivo. Da dor. Ela machuca e rasga meus últimos pedacinhos de felicidade. Eu só quero que tudo passe. Porque a dor aumenta e meus sentimentos também. Eu sofro, sofro muito. E eu nem sei o motivo. Talvez seja o mundo, eu não sou aceita aqui. Talvez eu pertença às estrelas.
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