Sabe aquele dia em que você acorda com uma ideia fixa na cabeça, não importa o que você faça essa ideia não vai embora. Acordei cedo num domingo com muito vento, porém com muito sol. Fui andar de bicicleta, fiz almoço, fui fazer uma prova, limpei a casa, e lá estava a ideia, fixa, insistente. Impossível se livrar dela.
Comentei com uma pessoa, “Só pode ser um sinal, não consigo tirar essa ideia da cabeça o dia inteiro”. Ela, tão louca como eu, ou simplesmente embarcando na minha loucura: “Interessante, um sinal vindo do espaço sideral te indicando um caminho a seguir”. Como é bom encontrar, às vezes, uma pessoa tão maluca como nós, digo “às vezes”, pois toda loucura tem que ter um limite, temos que viver a vida real também.
Quando vivo dias como esse é inevitável não pensar em Platão e seu mundo das ideias. Para o filósofo, vivemos em dois mundos, o sensível e o mundo das ideias. No principio tudo era ideia, e a partir desse mundo é que nós e tudo o que mais existe foi criado, tudo se origina do mundo das ideias. Será que é de lá que meus pensamentos malucos fluem?
Para me deixar ainda mais encucado vi um recado num poste da cidade: “Sonhos que podemos ter”. Nesse mês Engenheiros da Hawaii têm permeado todos meus pensamentos. Os pensamentos tais como os sonhos não têm limites. O mundo das ideias, diferentemente do mundo sensível é infinito.
É importante realizarmos nossos sonhos, pormos em prática nossos pensamentos. Não é possível? Se não for, não tem problema, sonhe. A realidade, sensibilidade do mundo nos impõem certos limites, no mundo das ideias e dos sonhos esses limites não existem, lá você pode extravasar à vontade, permita-se. “Somos quem podemos ser... Sonhos que podemos ter... E teremos”.
|