Mais que o suor de água salgada,
que de ti escapa a rescender,
claras e cristalinas gotas de tua alma,
que se espalhem tais pássaros a voarem, a viver,
surpreendam o silêncio que se espalha,
filamentos do que foi e do que poderá ser...
Mais que turvas cortinas de gelo,
límpidas retinas do sol que atravessa,
suba-te ao mais alto do medo
e saltes com a máxima urgência,
e sem pressa...
Mais que a pérola do tecer a carne quente,
por mais que penses e ao pensar domine o mundo,
faça-te cervo e muralha e chama e de repente
no mais alto da superfície encontrarás o fundo...
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