Seus óculos escuros,
Escondem a luz do dia,
Mas seu sorriso revela,
Que por dentro há alegria.
Uma forma de alegria,
De intenso vislumbramento,
Onde existe a contentação,
De um terno livramento.
Ou tendencia a timidez,
De um prazer ao conhecer,
Que foi bom enquanto durou,
Do desgaste ao esquecer.
Não sei se fui o libertado,
Não sei se fui o libertador,
Talvez seja eu o culpado,
Talvez seja eu o senhor.
Sua alma é tão pura,
De um singelo coração,
Tenho que trocar a cultura,
Da minha real situação,
Seu sorriso é majestoso,
Como de uma mãe lactante,
De um trejeito talentoso,
E esmalte do dente cintilante.
[Gustavo Gonçalves da Silva, Uberaba-MG, 23/05/2016]
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