|
Estou sentado à beira do cais
esperando pelo futuro...
Disseram que ele viria
como um assaltante por sobre o muro,
que ousaria trazer em suas mãos
invenções do que virá,
fogo ardente que não queima,
água encaixotada do mar...
Anseio por suas peripécias e maluquices,
antes ver o pior e o melhor,
bem melhor que fingir que não visse
do que saber o passado decor...
Estes séculos que se passaram
sejam a nós lembranças de experimentos,
tempos de cavernas que ficaram
a nos ensinar por fora e por dentro
os rituais de passagem para esse futuro
que também como o antigo passará,
que outro esteja à beira da praia
a espiar o próximo futuro
vindo através do mar...
|