Seja eu talvez a rosa que alguém sonhou,
Seja talvez o excremento que alguém expeliu...
Seja uma coisa, seja outra, ninguém nunca me viu,
Pois a vida decentemente sempre me ocultou!
Seja eu talvez o anjo imaculado que alguém quis,
Seja talvez o pária que viveu desolado e triste...
Seja uma coisa, seja outra, nunca fui além de palpite,
Porque sabiamente o mundo jamais me fez chamariz!
Seja eu talvez a verdade que clama ordem e justiça,
Seja talvez a mentira que rola e vive uma vida postiça...
Seja uma coisa, seja outra, nunca sobrevivi hipocrisia...
Seja eu talvez o sonho puro dum coração apaixonado,
Seja talvez pesadelo... do bem, um devaneio clonado...
Seja uma coisa, seja outra, sou humano, não utopia!
DE Ivan de Oliveira Melo
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |