agonia sobe fria pra mente que imagina
um fim pro sofrimento e começo da boa vida
mente climatiza e o clima quente não ameniza
habitamos nesse espaço sem saber pra onde ele caminha
minha incerteza da certeza que minha conduta é conduzida
faz com que eu busque a clareza não somente busque rima
nossa sina vem de berço mas o terço nem sempre salva corpos
e a essência da existência talvez diminua o número de mortos
a consciência nunca é plena sempre necessária nessa estrada
e enquanto a vida passa, o tempo vive, mesmo morto
e por essa própria vida vivida sou enganada
esganada pelo que o que respiro, pelo que luto e admiro
e transbordo o que idealizo, sem pensar nos que conspiram
ao redor da dor da dó e não vejo tudo
mas talvez seja um sinal sobretudo sobre o mundo
entre o caos e a falsa paz
me encontro em moradas que jamais
impediram que a maldade se criasse
e mais, fizeram que eu a amasse
não há o bom sem o mal
e vice e versa, e em cada verso
vou buscar ser mais que eu fui até agora
para que no fim, sabe-se lá quando vir
não desmorone o que eu representei ao universo.
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