Sinto-me inquieta...
A conformidade me desola,
Algo em mim não é mais parte de mim.
O meu corpo se deteriora invisivelmente,
E as poucas lembranças que me restam,
aparecem e desaparecem a cada instante.
Tenho medo do que não sei sobre mim,
E desgosto pelo o que eu sei.
É inconfundível o cheiro do desespero que eu senti.
Ainda o sinto em minhas narinas,ainda o sinto.
Sei que não sou culpada,ou talvez eu seja...
Prisioneira dos meus temores ,dos meus pavores,
Quanto mais suportarei?Quanto mais?
As palavras comicham em meus lábios,
e meu grito ecoa em minha mente.
Sinto vontade de correr,de sumir,evaporar.
As vezes minha pele parece querer saltar do meu corpo.
Já não sou dona de mim,minha mente me governa,
Meus medos,a obscuridade dos meus medos me governa.
Até quando guardarei esse segredo?
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