Bruta tanta paz
que não vem nos desejar
boa sorte,
nem é capaz
de dizer onde fica o norte
neste mar de religiões...
Nós,
puros, impuros,
ímpios, limpos,
sacrificados corações
possuímos que choram pelos filhos
que vão aos campos de batalha
dar aos pombos de aço o milho
plantado pelo Senhor,
essa oculta parte da vida
a que chamamos amor...
Bruta paz tanta
que nos alimenta
no almoço e na janta
e no café da manhã,
quando ainda estamos todos
com a alma sã...
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