Pobre homem que ao levantar e andar
Não percebe as correntes que arrasta,
Não entende porque pesa o caminhar,
Infeliz em seu cárcere a ele basta...
Pobre homem que em sua diversão e prazer
Desconhece ser, apenas, alívio das feridas,
Anestesia a dor devido a um prisioneiro ser.
Tolo, acredita ser livre nas idas e vindas...
Pobre homem que ao falar e ouvir
Discute a cor e a beleza das correntes
Assim pensa, “a felicidade deve vir”...
Pobre homem, distinto, culto, inteligente,
Prisioneiro diz: Vamos minha gente!
Como se liberdade pudesse existir...
Por IURI GUIMARÃES
|