UM OLHAR SEM A LUA |
rogerio farias |
A lua que brilhava
Ontem
Sobre o caminho
Redonda e estonteante
Hoje não veio
Foi dormir.
E o breu dominante
Sólido e impenetrável
Foi razão bastante
Ou talvez suficiente
Para reflexões
Pedidos
E feitiços.
Na negra paisagem
De luz ausente
Se contem o peito
Espera um grito
Ainda presente
Carregado de esperanças
De sentires.
Cego viajante
A minha volta
O mundo que ontem havia
E que a lua escondeu
Sonha com estrela cadente
Com velas acesas
E com mãos cálidas
E lábios
E sussurros doces.
|
Biografia: Perto dos 50 anos, escrever é quase sinônimo de pensar ou de sentir... |
Número de vezes que este texto foi lido: 59423 |
Outros títulos do mesmo autor
Publicações de número 1 até 10 de um total de 50.
|