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GERAÇÕES - PARTE II - CAP. V
Ivan de Oliveira Melo

Resumo:
Os americanos não desistem...

GERAÇÕES
PARTE II
CAPÍTULO V
Sigmund havia em si a mesma faixa etária de Demetrius. Os primos não se conheciam, era a primeira vez que se topavam frente a frente. Logo que se viram se identificaram e se tornaram grandes e inseparáveis companheiros. Comunicavam-se em português...Sigmund, devido à mãe, falava muito bem o idioma de Demetrius, todavia este nada sabia em alemão. A convite de Demetrius, saíram num sábado pela manhã com destino a uma reserva florestal próxima à casa do primo brasileiro para caçar. Sigmund estava adorando a companhia de
Demetrius e demonstrou ser exímio caçador.
- Viu, só atirei uma vez e o bicho caiu morto. Gostou da pontaria? – Falava alegre Sigmund.
- Você é notável...parabéns! Eu vim já inúmeras vezes e confesso a você que nunca peguei nada. _ Esclareceu Demetrius.
E caíram na risada. Gargalharam até...
- Sabe, primo Demetrius, é lógico que tenho outros primos na Alemanha por parte de meu pai, não obstante, nenhum deles chega aos seus pés. – Sigmund colocou.
- Não chegam aos meus pés em que sentido? – Demetrius indagou.
- Em todos... nenhum tem sua alegria, nenhum é camarada como você, nenhum é tão bonito quanto você... Desculpe, mas é a verdade e sempre pauto pelo que é sincero...
Sem entender o porquê, Demetrius ficou felicíssimo por escutar tais elogios. Retribuiu-os:
- Vai ver que nenhum deles também é tão lindo quanto Sigmund... – Disse Demetrius, assim meio sem querer...
- Muito obrigado... Tenho imensa vontade de beijar seu rosto... Posso?
- Claro que pode. Também beijarei o seu. – Respondeu Demetrius.
Cada um beijou a face do outro. Depois, deram-se as mãos e um forte abraço...
- Como é quentinho seu corpo... como é delicioso abraçar você. – Frisou Sigmund.
-Eu que o diga: como é deveras gostoso curtir este abraço. – Retrucou Demetrius.
Separados do abraço, sentaram-se debaixo de frondosa árvore. Abriram as bolsas que trouxeram e lancharam. Sanduíches de queijo e presunto, acompanhados por suco de acerola.
- Como é deliciosa a fruta que nos fornece este sujo. Não a conhecia. Como é mesmo o nome?
- Acerola- Respondeu Demetrius – porém há ainda uma porção de frutos tropicais e genuína- mente brasileiros para você provar. Tenho certeza de que gostará mais do que a acerola.
- Pode ser que em relação aos frutos você tenha razão, mas em relação a outros primos não há a partir de agora nenhum mais importante para mim do que você.
- Puxa, Sigmund, muito obrigado por tantas gentilezas. – Demetrius agradeceu.
Terminaram de lanchar, Com um guardanapo limparam as mãos e as bocas, entretanto permaneceram sentados debaixo daquela sombra tranquila e acolhedora.
- Põe aqui tua cabeça para que possa eu acariciar teus cabelos. – Pediu Sigmund.
Demetrius deitou-se sobre as folhas e colocou a cabeça na coxa direita de Sigmund. Um gostoso cafuné dedilhou os loiríssimos e sedosos cabelos de Demetrius. Sigmund não ficou apenas nos cabelos, suas mãos passearam pelo pescoço e pelo tórax do primo, a estas alturas já sem a devida camisa a fim de receber as carícias.
- Gostei tanto, tanto, tanto de você, primo... você é muito lindo!- Sigmund afirmou.
- Também gostei muito, muito, muito de você... você também é lindíssimo... – Demetrius elogiou.
- É, porém as horas são avançadas. É melhor voltarmos para casa. – Sugeriu Sigmund.
- Exato. Levantemos e pés na estrada. – Disse Demetrius sorrindo.
Ambos se levantaram e volveram pelas mesmas veredas que haviam tomado até chegarem onde estavam. Demetrius não recolocou a camisa de volta ao corpo, deixou amarrada na cintura. Melhor para Sigmund que caminhava abraçado a ele, acariciando-o até o umbigo, pequeno e fun-
do. Deixaram a floresta para trás e, já na rodovia que os levava para casa, Demetrius, afinal, repôs a camisa.
Aquele passeio ficara marcado na mente dos dois primos. Eles estavam sempre juntos. Combinaram que, no sábado seguinte, ali voltariam e trariam sungas de banho para aproveitarem as águas de uma linda cachoeira que haviam descoberto.
Sofia Antunes recebia um grupo de americanos em seu escritório. Não os recebeu sozinha, pediu a presença de seu marido e Vice-Presidente da Fundação.
- O Governo Americano triplica os valores da oferta: pomos, se assim o desejarem, três bilhões de dólares em suas contas particulares pela venda irrestrita da Fundação e de todos os bens a ela ligados. – Disse Charles Martin, o mais velho daquela delegação ali presente.
- Como já disseram nossos antepassados, repetimos agora: a Fundação
não está à venda. – Colocou Sofia – Nossos bens são inegociáveis.
-Não sei porque vocês são tão teimosos – Frisou Charles – Com três bilhões de dólares estarão não milionários, mas bilionários para o restante de seus dias. Ademais, se quiserem, com um dinheiro desses em mãos, poderão iniciar a edificação de outro império.
- Por que vocês não pegam os três bilhões de dólares e começam vocês a construção de um império? Por que insistem na aquisição de algo que nunca estará à venda? Isso que não entendo, senhores... Isso que não entendo!
- Nós, americanos, quando colocamos na cabeça uma coisa, dela jamais desistimos até alcançarmos nossos objetivos. – Charles disse – Cinco bilhões de dólares e não se fala mais nisto.
- Desistam – mais uma vez colocou Sofia – é inegociável. Com licença, senhores.
Abriu a porta e os dispensou. Ficou a matutar com seu marido.
- Não sei, Fernando, qual o interesse deles na aquisição da Fundação. Por mais que pense, não consigo atinar porque tanto insistem.
- Ora, querida, entre os bens da Fundação está o controle acionário de uma organização bancária de origem americana e que nós arrebatamos há alguns anos.- Falou Fernando.
O assunto voltou à tona durante o jantar em casa de Sofia. Demetrius, até então calado, matou de uma vez por todas a charada.
- Tem a nossa Fundação alguma propriedade ou negócios a ela ligados na Amazônia? Demetrius inquiriu.
Foi Fernando quem respondeu.
- Tem e muitos...
- Aí está a razão da insistência deles. Claro que o banco que era americano e que está sob o nosso controle é também de interesse deles, no entanto na Amazônia há água e, daqui a alguns anos no futuro, o mundo estará carente do precioso líquido, logo, eles que não têm nada de imbecis, desejam a Fundação para terem o que faltará aos outros. – Certificou Demetrius.
- Mas é isto mesmo! Que cabeça maravilhosa! Excelente dedução, filho. Venha cá, dê-me um abraço. – Parabenizou e solicitou Fernando Azim, seu pai
O sábado tão desejado pelos garotos chegou. Logo cedo se levantaram, fizeram o desjejum, arrumaram-se e saíram. Andaram que andaram e chegaram ao destino.
- Hoje não vamos caçar – disse Sigmund – hoje quero apenas curtir esta natureza e meu primo lindo.
- Eu também tenho os mesmos desejos deste primo inigualável. – Falou Demetrius.
Procuraram um lugar seguro e se instalaram. Havia bastantes árvores em derredor e suas sombras eram convidativas. Retiraram as roupas e ficaram só de sunga de banho.
- Vem, coloca aqui a cabeça para um cafuné antes de adentrarmos na água. – Pediu Sigmund.
Demetrius deitou-se esticado e colocou a cabeça sobre as pernas do alemão. Este acariciou longamente seus cabelos, depois levou as mãos a produzirem carícias no pescoço e no tórax, viajando até o apertadinho umbigo de Demetrius. As mãos rondaram os quadris e, lentamente, pe-
netraram pela sunga, atingindo os pelos púbicos do primo que, se calado estava, calado permaneceu, curtindo as delícias daqueles instantes.
Momentos em seguida, estavam ambos nus em pelo saboreando as águas cristalinas da belíssima cachoeira. Nem é preciso dizer que, loucamente, ambos se amaram perante uma natureza verde e sem testemunhas...
AMANHÃ - CAPÍTULO VI DESTA PARTE II
A reta final de aproxima...


Biografia:
Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico, religiosidade...
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