JAZIGO DO TEMPO |
Ivan de Oliveira Melo |
Resumo: O tempo será sempre mausoléu do homem... |
Frágeis pinheiros se dobram aos ventos
Num balouço que faz tremer suas raízes,
Há açoites que pintam imensas cicatrizes
Na caricatura dos vendavais que enfrento.
No assobio das brisas a natureza é pânico
Açodada por cachoeiras de folhas mortas
Que sobrevoam perante as horas amorfas
Dum tempo em que sobreviver é titânico.
Nuvens negras cobrem a atmosfera densa
Salpicando ferrugem sobre pilares e crenças
Num mundo corroído por intensa indigestão...
Tempestade de valores mistifica o cosmos
Saturado pela abadia de vocábulos mornos
Que jazem intrusos no seio pífio da emoção!
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Biografia: Nascido em Recife, em 09/10/1953. Professor de língua portuguesa e literatura. Poeta desde adolescente. Livros publicados: SINFONIA DE AMOR; POESIA, AMOR E VIDA; REFLEXOS; SEARA DE RITMOS; SO...NETANDO.Temas mais comuns em seus versos: o amor, a natureza, o homem, o socia, o cosmos, o metafísico,
religiosidade... |
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