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Meu Vergel de Filaúcia
O Palhaço Zuzu
Barão Jose Gonçalves Machado

Resumo:
O palhaço Zuzu na suam caminhada pelo mundo no circo, jamais sonharia que seu filho, seu grande fã, morria gritando seu nome"Palhaço Zuzu Estamos aqui!..."

A tarde deliciava com os seus últimos beijos dos raios solares naquela primavera.
o circo todo colorido nos sons festivos   
da banda, que tocava sem parar
        no alvoroço da criançada,
        saboreando pipocas gostosas
        e olhos grudados a palhaçada
        do Palhaço Zuzu.

          Era uma imensa alegria
       estanpada em cada faces da meninada,
       que se expandia
       sempre gritando:
       --- Palhaço Zuzu!...
       Estamos aqui!... Aqui!...

       Palmas... Palmas...
       Enchiam o circo
       O éco para as ruas.

       --- Palhaço Zuzu!...
       Estamos aqui!... Aqui!...

Ele sorria... Sorria para a petizada.
       Os gritos felizes
       misturavam em vários vozes infantis.
       
Ele --- o Palhaço Zuzu,
alma nobre como de todos os palhaços,
deixava escapar nas suas faces
constantemente largos sorriso
e fazendo peraltices como criança
dos seus idos tempo,
doces lembranças!

Seu enorme colarinho branco,
envolvido numa gravata psicodélica,
camisa listrada, paletó xadrez,
calça larga e toda vermelhada,
sapatos de carlito,
bengalão de jacarandá, chapéu de côco
sobre a careca que luzia
nos reflexos da luz do picadeiro,
ele --- o Palhaço Zuzu,
a alegria da criançada,
que pulava e gritava,
batendo palmas:
       --- Palhaço Zuzu!...
       Estamos aqui!... Aqui!...

Ele sempre sorria,
ouvindo a gritaria,
       que não palavra mais:

       --- Palhaço Zuzu!...
       Estamos aqui!... Aqui!...

Cada espetáculo no matiné
e lá estava Palhaço Zuzu
na altibancada Zuzuzinho feliz,
também batia palmas, pulava,
gritava também com toda a criançada.

Ele --- feliz pensava:
    ----Logo quem sabe, Zuzuzinho,
aqui no picadeiro comigo irá fazer a festa
tão sonhada muita palhaçada   
e feliz com a petizada irá gritar:
    --- Viva!!! Palhaço Zuzu!...
    Viva!!! Palhaço Zuzuzinho!...
    Estamos aqui!... Aqui!...

Feliz o seu olhar percorria
as antibancadas cheio amor.

Tudo era riso,
apenas o fazia rir as gargalhadas,
brincar pois um palhaço,
o palhaço da petizada.

Sim, divertir... Divertir toda a gurizada!
(Mas a alma do Palhaço Zuzu, sofria...
Bem sabia na tenda de lona,
nos braços de sua mãi
o seu filho Zuzuzinho agonizava
--- de uma pneumonia fatal! ---

No picadeiro a petizada gritava:
   --- Palhaço Zuzu!...
   Estamo aqui!... Estamos aqui!...

Mas os vivas, os aplausos, as gritarias,
os rufares e repiques das baterias
da bandinha circence não paravam.

O coração do Palhaço Zuzu chorava de dor,
enquando,
no picadeiro dando piruletas,
rebolando e dançando
espalhando o seu largo sorriso,
todo contagiante para um festival
           de toda petizada.

           Na tenda de lona,
           um soluço esvoaçava dorido
da pobre mãi vendo o ultimo suspiro
           que escapava de Zuzuzinho
           se exalava lentamente.

---Vou chamar, o papai filhinho!
---Nã...ã..o, mamãi!
Papai é o nosso palha...ço Zuzu!..
E..le.. é a alegria que nos fazem felizes!

A mãi beijou-lhe as sfaces pálidas
e um sorriso feliz
Zuzuzinho exalou o último suspiro.

No picadeiro do circo
a criançada delirava feliz
com as peraltices do Palhaço Zuzu,
espalhando sorriso e gargalhada
do seu coração nobre,
sentia e via alma de seu filho que partia,
batendo palmas
e gritando feliz:

--- Continua, papai, não seja infeliz!
Viva Palhaço Zuzu!!!
Estamos aqui!... Aqui!!!

Duas enormes lágrimas
escorreram pelas suas faces pintadas,
queimando seus lábios trêmulos,
apenas sussurou
e deixando escapar um sorriso triste!

--- Meu filho, minha alma é de palhaço,
a alegria são de todos vocês!...

Prendeu os lábios entre os dentes
e numa gargalhada
espalhafatosa e engraçada
deixando a petizada elouquecida e feliz.

--- Viva!... Palhaço Zuzu!...
Estamos aqui... Aqui!...
Feliz gritava Zuzuzinho
com toda a petizada
batendo palmas sem parar.



















Biografia:
Barão Jose Gonçalves Machado, brasileiro,nascido aos 04/09/1931,cidade de Cruzeiro,SP, superior incompleto, contabilista, com mais de l8 livros de poesia sem publicar, e um livro de contos "Contos Urbanos" sem publicar, apenas fui premiado pelo Instituto Internacional de Poesias "Nós, Eternos Párias" no Concurso de Poesia em 1995, no 30º .

Este texto é administrado por: Jose Gonçalves Machado
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