O inferno e o céu, o anjo e o demónio
Tira o chapéu, ouve o banjo do manicómio
É louco
Está mouco
E tu, como não consegues ouvir tás mouco
Vim do inferno, do nada e tu vieste da palhaçada
Animais de circo com tudo de mão beijada
Sou tigre, és cadela
Que a tua família imigre, para fora da janela
Onde a tua irmã mostra os peitos como a pita que é
E amanha, todos lhe dizem que são perfeitos e ela é bonita mas já tem bebé
Bebe do cálice, esquece a malicie da milícia
Para de ser tão malicioso, horroroso, não tens perícia
Sou um pacto ambicioso
Faço impacto tenebroso
Que abre fendas até ao submundo e liberta o diabo
À tarde, arde prendas e encomendas deste mundo num segundo e desperta a descoberta do odiado amaldiçoado
Mas tá cansado, quer ser amado
Ergue-te soldado, foste contratado
Vais ser poupado, já não tens de estar preocupado
Sê meu aliado e canta o fado
Completa em linha recta o mestrado, e, no fim, serás abençoado
Posso estar errado mas não serás vingado
Vingança trai a confiança gerada na aliança com os falecidos
Matança não traz segurança nem esperança para os seus antigos amigos
Saudade esgana, falsidade engana, dor de verdade não é fama
Ama a mana, amança a grana e descansa, vai para a cama
Muda de atitude, cria virtude e mantém-te na saúde
Chega à mais alta altitude, vamos esperar que não mude
Ação no estudo, atenção a tudo, faz um serão de ser um bom miúdo
Não fales para um surdo, não ouças o mudo, ignora o cornudo
Não mudo mas não tenho medo de mudar
Pode ser preciso cedo, e aí tenho de me sacrificar
Quando não há pontas soltas, por onde te podes segurar?
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